quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Na "briga" entre Noel e Wilson, quem venceu foi o samba


Para muitos, assunto batido. Para outros, oportunidade de relembrar tempos aureos da música popular, quando o compositor tinha um papel diferenciado dentro do cenário cultural. Havia uma mística em torno da figura. 

Não era a toa que as rádios ao executar as canções, nunca deixava de - após dizer o nome do(a) intérprete - dizer o nome do compositor. E sem dúvida um dos episódios mais ricos da produção musical brasileira foi a contenda entre Noel Rosa e Wilson Batista. 

Ambos representavam a ascensão do samba, sua modernização, mas ao mesmo tempo tempo cultivavam habitus bem diferentes, expressos em sua forma de compor, suas referências, seu mode de vida. Ao contrário do que muitos pensam, o duelo musical era na prática amistoso, apesar de acalourado, e terminou com uma bela parceria, o samba "Deixa de ser convencida".

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Restaurante popular, ineficácia e o nhoque da incompetência


A vida política fornece simbologias certeiras, ainda que de forma casual. Nesta antevéspera de Natal, sou supreendido (?) com a seguinte notícia, que poderia ser considerada mais um capítulo de uma novela - que torcemos, claro, para que tenha final feliz apesar do diretor da trama.

Prazo para entrega do Restaurante Popular é prorrogado por seis meses (Acessa.com)

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Aprendendo a respeitar Neymar

Neymar, aos 19 anos já conseguiu comprovar ser um grande jogador, superando qualquer comparação com outras promessas do futebol brasileiro recente. Inclusive o também "menino da Vila", Robinho.

O moleque dribla com facilidade incrível e capacidade de improviso surpreendente. Arma jogadas com destreza, se movimenta com velocidade e bate bem na bola com as duas pernas, características que já o colocam acima da média de todos jogadores brasileiros da atualidade.

Sempre tive os dois pés atrás com ele. Não defendi sua ida a Copa e continuo acreditando que não era a hora. Reclamei muito na época que caía demais e forçava exaustivamente faltas, se aproveitando da habilidade e do corpo franzino. Achava que não iria longe, seria apenas mais uma promessa. Mas com o tempo, fui prazerosamente queimando a língua e me rendendo ao futebol desse garoto.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

O que esperar, de fato, do livro do Amaury

Uma das boas características da esquerda, entre seus hábitos e habitus na minha opinião é a teimosia, traduzida em intransigência. Bater o pé, em tempos que nos habituamos a deixar as águas passarem, pode ser uma bela virtude. Sendo assim, me permitam bater o pé nessa questão.

O livro "A privataria Tucana" de Amaury Ribeiro Jr, como era de se esperar vem gerando grande bafafá entre diversos setores da sociedade, principalmente na militância do campo democrático popular, que vem externando suas impressões através das redes sociais. Aos poucos o tema vem ganhando espaço também nos meios de comunicação convencionais que - mesmo não querendo - serão obrigados a tocar no assunto.




quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

2008, o ano que não terminou

por Márcio de Paiva Delgado

Nas últimas semanas de Julho de 2011 o mundo acompanhou com os olhos fixos nos noticiários as negociações sobre a dívida pública norte-americana como se fossem capítulos finais de uma novela que batia recordes de audiência. O presidente Barack Obama falou várias vezes ao público norte-americano pedindo que fizessem pressão sobre os Congressistas (Democratas e Republicanos) para que estes aprovassem uma autorização para que o governo daquele país pudesse se endividar ainda mais sob o risco de provocar uma moratória de proporções gigantescas e repercussões globais impossíveis de serem previstas.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Samba: a redenção de um povo

Tia Ciata
Redenção é uma palavra cara a nossa cultura. Somos um povo forjado em lutas e dissabores, inseridos em uma história de tristezas e alegrias multifacetadas, marcado pela inconclusa construção de um "ser povo". Trazemos duas marcas ímpares em nosso seio: a luta pela modernidade civilizatória da independência e as marcas da escravidão africana de quase quatro séculos. Em nossa cultura cristã, a redenção vem pelo sofrimento do peso da cruz que se carrega, do calvário a ser superado em nome da eternidade. Em nossa ancestralidade africana, a redenção vem da harmonia com a poesia simbiótica dos orixás que representam a verdadeira natureza, que atingida, significa vida plena, marcada ao ritmo do tambor.

O samba é o exemplo maior de redenção de nosso povo. Não apenas pela marca revolucionária da mudança de um paradigma musical, mas também pela aglutinação de um modo de viver, um ethos, uma visão de mundo.

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

A farsa e a tragédia de uma nova Juiz de Fora

A política, esse exercício surrado, odiado pelos pós-modernos e até mesmo por alguns doutos próceres,  faz água fora da bacia em tempos de domínio publicitário. Basta ver que tradicionais - e até novos atores - lançam mão desses artifício, para construir candidaturas e para governar.

domingo, 20 de novembro de 2011

Com o Tupi pelos próximos 100 anos



Escrevo esse texto antes da decisão. Por dois motivos simples: o primeiro é para efeitos de justiça. O segundo é que depois da partida, qualquer sentimento me impedirá de escrever mais do que poucas linhas.

Quando falo em justiça me refiro ao fato de que o Tupi já venceu. Conquistou o acesso com todas as dificuldades tradicionalmente impostas ao clube. Mas é fundamental ser ainda mais justo e dizer que nada disso seria possível se não fosse o esforço inédito da diretoria em montar uma equipe para disputar a série D, melhor que a que disputou o mineiro.

Subimos, amigos, com resultados convicentes, jogando futebol bonito, e no momento mais dificil da competição fizemos chover gols, promovendo placares elásticos, empolgando a torcida e chamando a atençaõ deste país para o Galo Carijó.

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

A nação tricolor está de luto - morre Ézio, o super herói tricolor

Nosso Super Ézio perdeu a guerra contra a doença. Descanse em paz, guerreiro, você que deu tantas alegrias ao Fluminense, honrando com amor o pavilhão!

Teus feitos permanecerão eternizados em nossa história e do futebol brasileiro!


No dia 10 de setembro eu havia escrito um post em hoemnagem a ele. Confira:


http://politicarevisitada.blogspot.com/2011/09/o-super-heroi-tricolor.html

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Novidades a serviço do "velho"?

Dois elementos me chamam a atenção no debate político atual: um deles é a busca de certos setores da soceidade em - de forma legítima - apresentar propostas de mudanças na democracia representativa, ampliando canais de participação direta. Essa ânsia, já representada em nossa carta constitucional, é uma aflição justa, que nossa nação não enfrentou nessas últimas duas décadas de exercício de nossa carta magna. 

sábado, 10 de setembro de 2011

O super herói tricolor


Meu primeiro herói no futebol era carrasco do Flamengo, principal rival do Flu. Estampava um sorriso inconfundível em campo e corria como garoto quando marcava um gol, a saudar a torcida.

Meu primeiro herói no futebol, não era qualquer jogador, era um Super Herói. E na narração de Januário de Oliveira aprendi a amar futebol, e ainda mais o Fluminense quando ele bradava que "Super Ézio era cruel e sabia que era disso que o povo gostava".



quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Só a luta muda a vida! Viva a luta dos educadores e educadoras!

Ser professor, sonho antigo da minha parte, realizado com amor e esperança, sonho do qual não abro mão e me torna uma pessoa realizada. Desde 1996, quando eu me encantava com as aulas de História de excelentes professores e professoras que passaram pela minha vida, a certeza já brotava.

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Truculência da PM contra estudantes e professores em JF

Fica a pergunta: como se não bastasse o desrespeito a lei do piso, o governo de Minas, através de sua polícia, vai usar da violência contra manifestações legítimas dos educadores e estudantes?

Não vamos recuar!

A greve continua!

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Por que Ciro não é aproveitado?

(Foto: Bruno de Lima) Lance!
Quando o jovem Ciro marcou seu primeiro gol com a camisa do Fluminense, contra o Atlético Paranaense, deixou transparecer uma emoção nítida. Para um locutor incauto, Ciro parecia não estar acreditando que teria feito um gol, porém, depois do jogo fez questão de contar que a emoção veio por estar realizando um sonho do pai, que sempre quis vê-lo atuando por um clube de tradição como o Fluminense.

Para alguns tricolores como eu, que acompanharam a trajetória do jovem Ciro, sua vinda para o Fluminense representava uma possibilidade de ver um atleta de futuro promissor, com grandes feitos com a camisa do Sport, despontar e contribuir para o projeto de um Flu vencedor.

sábado, 6 de agosto de 2011

O Fred pode ficar. Surfar, passear, beber. E daí?

Frederico Chaves Guedes - herói tricolor. Pelos serviços prestados ao eterno, merece meu respeito.

Caros amigos e amigas, haja estômago para nos debruçarmos sobre o futebol em certos momentos, não é? Quando o Flusão começa a engrenar, a equipe ganhar corpo, vem um incidente desse, e ainda por cima, com o Fred.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Educação informal e a superação da subalternidade

Eu e minha bisavó Maria. Meu sorriso explica tudo, não é?

Em um país de longa tradição escravocrata é marcante a subalternidade aferida a certas profissões. O trabalho braçal, em nossa trajetória histórica, ficou sempre marcada e associada a inferioridade. Não é por menos que negros e negras, além do preconceito mais visível, sofrem com o fardo do fato de seu fenótipo determinar sua posição na estrutura econômica de uma sociedade.

Nenhuma sociedade marca tanto seus membros com esse vestígio como a nossa. Nossa luta de clases tem a variável racial com um peso assustador, fazendo com que até mesmo negros e negras que tem um melhor acesso a bens materias e a educação, sofram esse preconceito, tendo suas oportunidades de vida limitadas, simplesmente por não terem a aparência que deveriam ter os médicos, gerentes, apresentadores de TV, dentre outras profissões.

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Carta ao ministro deslocado


Senhor Ministro Nelson Jobim,

Suas credenciais dispensam apresentação. Como se não bastassem os elementos engedrados por sua trajetória, sua relação fraternal com o tucanato, sua amizade com José Serra (o homem que abriu a caixa de Pandora do preconceito no Brasil contemporaneo, o candidato da bolinha fake de papel) tivemos o (des)prazer de tomar conhecimento do papel de agente duplo do senhor, através das revelações do Wikileaks (para quem não se lembra, clique aqui).

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Uma tríade a favor da música popular

Por essas e outras que a música popular é tão resistente. Permance firme forte, independente das modas e fragmentações das ferramentas, que ao invés de serem controladas pelas pessoas, passam a controlá-las. Ao contrário do que se pressupõe, a música popular se ancora na sabedoria do povo, ainda que muitos insistam em relativizá-la.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Seleção brasileiro: eu torço

Caros amigos e amigas, é inquestionável o sentimento gigantesco que toma conta dos corações quando o assunto é o clube de futebol da predileção de cada um. É claro, vou morrer dizendo que a "Máquina Tricolor" foi sem dúvida a maior equipe de todos os tempos, superando até mesmo a seleção brasileiro de 1970, ou até a de 1982, um dos mais perfeitos e belos times já vistos em campos de futebol. O que dizer do "Fantasma do Mineirão", equipe memorável do Tupi, que em 1966 venceu os "grandes" da capital e arrancou um empate com a seleção de Pelé e Garrincha?

Mas sem medo de ser feliz, ou de arrefecer o clubismo que toma conta de meu coração, devo confessar que torço, distorço, e me emociono com a seleção brasileira. O que não significa que perco o senso crítico com os erros de técnicos, o corpo-mole de atletas milionários ou mesmo o "cabecismo-de-bagre" de alguns que vestem a amarelinha. Emblemático: quem não se lembra de Robert, o moço da testa grande, do Santos, vestindo a camisa 10 da seleção? (Sim, chega de tortura, não citarei mais exemplos!)

O fato é que os gordos salários e contratos de publicidade que vinculam cada vez mais os atletas aos clubes, principalmente europeus, impuseram uma lógica dura às seleções nacionais. Um simples amistoso, que na década de 70 e 80 seria alvo de cobiça de muitos atletas, hoje torna-se desinteressante para a maioria deles, que passam a colocar na balança os riscos da exposição  a uma partida ruim ou a uma contusão. Vide o caso de Marcelo do Real Madrid (mas vocês sabem, não sou rancoroso e queria o menino no time, ainda sim).

Hoje, quando assisto uma partida da seleção brasileira, sinto que as coisas vão mal. Dá uma sensação de que estamos assistindo um provável fim de um caminho que outrora era o único para a glória. E aos poucos, com os atletas cada vez menos colocando seus pés nas divididas das competições multinacionais, a torcida vai aos poucos tirando o coração e garganta.

Mas eu sou um ufanista. Não me rendo a esa onda "cool" de virar as costas a seleção. Nem em nome do desprezo ao futebol ou mesmo pelo clubismo. Torço e resisto por acreditar que enquanto a seleção tiver um povo que a carregue nos braços, ela não será surrupiada pelos patrocinadores que cada vez mais insistem em interferir nos destinos do futebol.

Se os clubes são a base e sentido do futebol, seu nascedouro, a seleção deve ser o motor da ambição, da união nacional que leva a frente a vontade de ser melhor, de ser a potência do futebol.

Sempre me lembrarei com os olhos cheios d'água da determinação de Branco em 94, que mesmo fora de forma, emprenhou-se em sua recuperação como um bravio soldado em busca da retomada da trincheira adversária, e conquistando forma entrou para ser herói naquele 3 x 2 contra a Holanda. Bomba santa, povo em festa!

Sim, amigos e amigas, sou um hegemonista no futebol, e torcerei para que a seleção continue conquistando canecos, obrigando o mundo a se render a nossa supremacia no reino da bola!

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Sobre o reajuste da tarifa do transporte coletivo em JF

Antes mesmo de debater se o reajuste da passagem é justo ou não, um debate de mérito, precisamos discutir em Juiz de Fora a forma como se dá a discussão em torno do aumento da passagem na cidade, ou seja, um debate de método.

Numa cidade que se pretende democrática, e no caso de Juiz de Fora onde temos um prefeito que prometeu em campanha "radicalizar a democracia" torna-se insustentável que a tarifa do transporte coletivo, algo que atinge diretamente a esmagadora maioria da população, seja ainda um grande mistério para quase todos nós.

Já faz tempo que especialistas questionam a forma como é apresentada a planilha de custos da tarifa, que não favorece de forma alguma um debate mais amplo e democrático.

O Conselho Municipal de Transportes tem caráter apenas consultivo, ou seja, não tem poder de decisão sobre a tarifa, cabendo apenas ao executivo ratificar ou não a sua proposta de reajuste. Me parece um contrasenso tal fato, tendo em vista que este valoros espaço onde a sociedade civil teria a possibilidade de debater e pensar estrategicamente o transporte coletivo da cidade. No CMT temos 18 representates da sociedade civil, mas que na prática pouco podem fazer sobre o tema.

Sem contar a carga histórica do problema da ausência de uma licitação para o transporte coletivo na cidade.

Cidades como Fortaleza, por exemplo, organizaram formas das mais diversas para democratizar o debate sobre a tarifa. Até mesmo uma consulta popular foi realizada na capital cearense para definir valores de tarifas, descontos e benefícios. Lá por exemplo a população escolheu através do voto ter uma tarifa mais barata aos finais de semana como forma de ampliar o acesso a cultura e lazer.

O problema de Juiz de Fora é muito mais grave do que o valor do reajuste. As instituições acabam por estar "congeladas" mediante a lógica do sistema e mal podem fazer sobre o tema.

E para não dizer que não debati o mérito, transcrevo aqui um trecho do texto do Professor Julio Teixeira sobre o aumento da tarifa:

"O percentual de aumento da passagem de ônibus em Juiz de Fora - 8,33% - ficou também acima da inflação do período medida pelo IPCA, que foi de 6,71% (de junho de 2010 a junho de 2011). Portanto, o reajuste da tarifa de ônibus na cidade de Juiz de Fora superou os índices sugeridos pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) para reajustes do setor referentes ao mês de julho de 2011 e a inflação para o período medida pelo IPCA."

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Tupi F.C apresenta novo técnico

Nota da assessoria de imprensa do Carijó:

foto: Footbook
"Anunciado na tarde desta terça-feira, 31, o nome do novo técnico do Tupi Foot Ball Club. Quem liderará a equipe que participará das disputas da Série D do Campeonato Brasileiro é Ricardo Drubscky de Campos, 51 anos. O acerto ocorreu em um almoço com a diretoria em Juiz de Fora. Drubscky é natural de Belo Horizonte e já comandou o departamento de futebol do Cruzeiro, Atlético-MG e Atlético-PR, além de ter sido técnico de equipes como Atlético Mineiro, Cruzeiro, Democrata-GV, Ipatinga, entre outros. Seu último clube foi o Monte Azul, na Série A2 do Campeonato Paulista, em 2010 e 2011.
Muito bem recomendado, o profissional chega ao Alvinegro buscando uma oportunidade para conquistar uma boa colocação no Campeonato e pretende usar toda sua experiência no futebol para alcançar o melhor resultado.

Após a contratação do técnico a diretoria corre contra o tempo para a contratação dos jogadores que irão compor o grupo para a série “D”. A apresentação dos atletas está marcada para segunda-feira, 6, às 15:30h, no C.T. de Santa Terezinha. A expectativa da comissão é de que pelo menos 80% do grupo que fez parte do Mineiro esteja presente para o início dos trabalhos."

sábado, 28 de maio de 2011

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Notas fraternas

Essas notas foram publicadas por mim ontem, via twitter. Preferi reproduzi-las ao invés de escrever um texto.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

A desqualificação como arma da reação

Como bem disse certa vez o ilustre Palmério Doria o Brasil é rico em "rebeldes a favor". Gente que empola seu discurso bravio, com gestual e frases de efeito para no final das contas dizerem que não querem que nada mude. Basta ver o que escrevem Mainardis, Azevedos, Jabours, e toda trupe que faz discurso oficial em ritmo de toada "marginal".

Essa arte de reagir a novidade tem se transformado em um desagradável jogo de censura velada, disfarçada em discurso de defesa da liberdade.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

O Sheik é fake - ou quando a inconsequência fica maior que a bola

Foto: Wallace Teixeira
Se Emerson ganhou o apelido de Sheik pela suntuosidade que o senso comum atribui a esse título é difícil dizer. Muito menos seria pelo significado que o termo tem para a cultura islâmica. Sheik, ou mais precisamente "Sheikh", significaria o ancião, sábio, erudito conhecedor das regras da cultura maometana em seus detalhes maiores. 

"Nosso" Sheik, Emerson, está mais pra Sheik de Agadir, em referência a telenovela da Rede Globo. Lá o Sheik-Fake tinha suas cenas gravadas nas dunas de Cabo Frio, como se fosse no deserto do Saara.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Sobre violência e omissão; vamos acordar, Juiz de Fora?

No dia 22 de março escrevi um texto sobre a proibição de uma festa rave em Juiz de Fora. Minha crítica vinha do fato de que negar um alvará para o evento sob o argumento de que esse tipo de festa incitava a violência e o uso de drogas era um absurdo. Primeiro pela grosseira generalização desse tipo de evento, e em segundo pela incapacidade (ou falta de vontade?) do poder público em promover ações que realmente conscientizem e protejam os jovens, sem criminalizar suas expressões culturais.

Um pouco mais de um mês depois, neste final de semana que encerrou o mês de abril e iniciou maio, o noticiário de Juiz de Fora foi tomado por lamentáveis histórias de violência.

domingo, 1 de maio de 2011

Lamentáveis episódios - ou ficaria a pergunta: não somos racistas?

Na semana passada, na ocasião da semi-final da Taça Rio entre Fluminense e Flamengo, confesso que saí chateado. Não tanto pela derrota do Flu mas principalmente pelas mensagens de ódio que circularam entre as torcidas. De um lado alguns rubronegros faziam piadas homofóbicas com a torcida do Flu, do outro, torcedores do Flu destilavam preconceitos sociais e raciais. 

terça-feira, 22 de março de 2011

Da proibição de festas e outras formas de criminalizar a juventude

Mais uma vez assistimos um velho filme em Juiz de Fora. A prefeitura, sob o argumento de um parecer judicial, resolve impedir a realização de uma festa Rave neste sábado ma cidade. Antes de qualquer coisa, deixo claro que conheço esse tipo de festa de perto, apesar de não ser um frequentador delas. Chamo de velho filme por que pouco tempo atrás vimos a proibição de bailes funk no centro da cidade justificadas pela possível violência que as festas poderiam trazer. As raves seriam antros de drogas, e os bailes de violência.

90 dias de Dilma

Direto ao ponto e sem rodeios: agruras e contradições à parte, vejo com bons olhos os quase 90 dias de governo da presidenta Dilma. Mas reitero: sou partidário da tese de que é cedo para juízos mais complexos do que tem sido feito. Falta tempo.