tag:blogger.com,1999:blog-65500342195264259982024-03-04T23:41:47.924-08:00política revisitadahistória, educação, música, política e futebol.Unknownnoreply@blogger.comBlogger57125tag:blogger.com,1999:blog-6550034219526425998.post-47640013937847308182015-12-11T03:38:00.001-08:002015-12-11T03:38:21.458-08:00<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgN6Rdote4orBW3GmYN-y2DHXWjRsjw6iUXL7UBmr2G_c9rIUAtNkGZ1jXdnVsshdb8FLsq51FxNXB8VmpEo8e6kdYgFlAQKHNGSTesugx9P_PGU8wQCnZbzr1JHYSx16RNTk0X5oo_0veY/s1600/tnjLA7g.gif" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgN6Rdote4orBW3GmYN-y2DHXWjRsjw6iUXL7UBmr2G_c9rIUAtNkGZ1jXdnVsshdb8FLsq51FxNXB8VmpEo8e6kdYgFlAQKHNGSTesugx9P_PGU8wQCnZbzr1JHYSx16RNTk0X5oo_0veY/s320/tnjLA7g.gif" width="205" /></a></div>
<br />Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6550034219526425998.post-79851676278884103612015-04-13T17:06:00.002-07:002015-04-13T17:10:50.872-07:00PT, "Síndrome do Flamengo", mito de origem e dilemas do presente - por Ignacio G. Delgado<iframe src="//www.slideshare.net/slideshow/embed_code/46957672" width="476" height="400" frameborder="0" marginwidth="0" marginheight="0" scrolling="no"></iframe>Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6550034219526425998.post-72206660687266320842014-11-24T14:11:00.000-08:002014-11-24T14:11:01.978-08:00Algumas considerações sobre a construção da nova equipe econômica<h3 style="text-align: justify;">
O quadro político, mais do que nunca, exige do Brasil a manutenção de um comportamento diferenciado que ajude a consolidar o pólo “anti-austeridade”</h3>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjt2n8TZozmsHgf1m-JVZUv6E0c7QeYeRdEehTX5lyEAmudqAY28xsIIvgKxkImgY5VPcpQ4jmNNzVHaoJZQhGLHGLNpL6VN5XbGEfsQ7cAXF2wj9gt_PP291Cgm44Ug5RqPiqtqF9iaptG/s1600/John-Maynard-Keynes-007.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjt2n8TZozmsHgf1m-JVZUv6E0c7QeYeRdEehTX5lyEAmudqAY28xsIIvgKxkImgY5VPcpQ4jmNNzVHaoJZQhGLHGLNpL6VN5XbGEfsQ7cAXF2wj9gt_PP291Cgm44Ug5RqPiqtqF9iaptG/s1600/John-Maynard-Keynes-007.jpg" height="192" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Keynes mais vivo do que nunca: na crise, <br />cabe ao estado tomar as rédeas.</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
O quadro geral da economia e da política mundial pós-eleições brasileiras parece ter dado pequenos indícios que merecem uma reflexão cuidadosa:</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Consolidou-se o quadro de dificuldades fiscais na maioria dos países do G20. O fator positivo nesse caso é que o Brasil até agora tem o segundo melhor desempenho fiscal dessas nações. Comparativamente o Brasil tem condições de fazer ajustes que passam longe de um choque fiscal tão desejado por monetaristas.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Ainda no G20 houve a consolidação do Brasil como modelo de construção de um caminho mais justo em tempos de “ditadura” da austeridade. Ou seja, a crença no mix de políticas sociais abrangentes e de desenvolvimento econômico não estão totalmente abandonadas.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Por outro lado, o México, nação querida e aclamada pelo “mercado” se afunda na barbárie sem ter qualquer tipo de horizonte. O mesmo caminho poderá ser tomado pelas nações que apostaram tudo nas medidas de austeridade na Europa, por exemplo (basta lembrarmos que a Espanha não está em recessão e ostenta 22% de desemprego, enquanto o Japão que não optou pelas medidas de austeridade apesar da recessão tem desemprego de 3,6%).</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Alguns dos indicadores brasileiros seguem positivos. Há crescimento no emprego, na massa salarial e no número de pessoas ocupadas (IBGE). E a inflação recua no mês presente (IPCA dos atuais 12 meses é menos do que dos 12 meses anteriores). O rendimento do trabalhador também cresceu em relação ao mesmo período passado.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>O que isso tudo pode nos dizer?</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Ao contrário do que os “analistas” querem nos vender , a história não “morreu” novamente. Pelo contrário. O Brasil terá sim que fazer alguns esforços, entre eles promover ajustes na política fiscal e traçar uma estratégia que dê conta, por exemplo, do déficit em transações externas. Não sejamos ingênuos de acreditar que determinadas contas feitas não pesam também sobre o ombro do trabalhador em alguma medida (talvez os monetaristas tenham dito algo decente alguma vez).</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E naturalmente, a mudança mais clara e objetiva, é a do rearranjo da política industrial brasileira. Para superar os limites de desenvolvimento é fundamental avançar com uma política republicana e ainda mais agressiva para promover o crescimento e gerar empregos melhores no país.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O quadro contextual não parece nos levar a uma situação de risco que precipite nossas ações. E o quadro político, mais do que nunca, exige do Brasil a manutenção de um comportamento diferenciado que ajude a consolidar o pólo “anti-austeridade” no globo. Aliás, para isso reelegemos Dilma e seguimos confiando nela.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Humildemente acredito que os fatores aqui listados nos permitem apostar que a nova equipe econômica de Dilma pode ser constituída tendo como primeiro critério a confiança da sociedade que espera por tempos ainda melhores. O mercado pode continuar vindo depois.</div>
<div>
<br /></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6550034219526425998.post-76373496493170726572014-10-22T11:41:00.000-07:002014-10-22T11:41:25.248-07:00Desfazendo mitos e preconceitos contra o Bolsa Família<div style="text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj5EC8D9QEl343uVVHXkQy4Yl97WS-HAW4JGM7bgy0_UuE2AngqXAl5XWlodiQxDtqpr4AiyxQZ8KYXT_RdN0XiP8HJQKNRqzSQg-cyOldC15eqQh6-qpc6oWrAp3mu-pdxiA7G1yByKwTD/s1600/bolsa.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj5EC8D9QEl343uVVHXkQy4Yl97WS-HAW4JGM7bgy0_UuE2AngqXAl5XWlodiQxDtqpr4AiyxQZ8KYXT_RdN0XiP8HJQKNRqzSQg-cyOldC15eqQh6-qpc6oWrAp3mu-pdxiA7G1yByKwTD/s1600/bolsa.jpg" height="212" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
Uma das coisas que mais me assusta no debate eleitoral é ver gente teoricamente "informada" reproduzir aos montes uma série de preconceitos contra o Bolsa Família. O pior é que muitas vezes esse preconceito vem em forma de "memes" e imagens na internet que usam de jargões e estereótipos que na prática servem apenas para dizer uma coisa: quem é pobre é burro. O pior é que esse preconceito está enraizado e quase nunca é possível convencer essas pessoas a observar a realidade.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Sendo assim, procuro aqui nessa postagem reunir alguns dados na tentativa de expôr outros olhares sobre o programa. Procurei colocar links que levam as fontes dos dados que apresento.</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<a name='more'></a><br /><br />
<div style="text-align: justify;">
<b>Programas de transferência de renda não são exclusividade do Brasil.</b></div>
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<br /></div>
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Segundo <a href="http://jornalggn.com.br/noticia/diretor-do-banco-mundial-fala-sobre-a-importancia-dos-programas-de-transferencia-de-renda" target="_blank">o economista indiano Arup Banerji,</a> do Banco Mundial, "programas de transferência de renda de todos os tipos já foram implementados em mais de 100 países em desenvolvimento". Especificamente como o Bolsa Família que impõe contrapartidas de educação e saúde, "estão em cerca de 50 países".</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>O Bolsa Família não gera "acomodação" nos beneficiários segundo todos os dados que dispomos</b></div>
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<br /></div>
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Ao contrário desse senso comum que diz que "empregada da prima da cunhada de um tio meu" deixou de trabalhar por causa do programa, todos os dados apontam o contrário. Dois deles são extremamente relevantes: <a href="http://www.brasil.gov.br/cidadania-e-justica/2014/05/bolsa-familia-75-4-dos-beneficiarios-estao-trabalhando" target="_blank">o primeiro aponta que 75,4% </a>dos usuários estão trabalhando. Uma parcela significativa dos usuários se tornaram empreendedores. Só no ano de 2012 <a href="http://www.mds.gov.br/saladeimprensa/noticias/2012/fevereiro/mais-de-100-mil-empreendedores-beneficiarios-do-bolsa-familia-serao-capacitados-e-poderao-se-legalizar" target="_blank">cerca de 100 mil deles </a>receberam capacitação para formalizar sua atividade. Até 2013, <a href="http://oglobo.globo.com/brasil/bolsa-familia-mais-de-16-milhao-de-casas-abriram-mao-do-beneficio-8312947" target="_blank">cerca de 1,6 milhão </a>de famílias abriram mão do benefício.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>As contrapartidas do Bolsa Família afetam diretamente na melhoria da educação e saúde das crianças e adolescentes</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Esse é um dos fatores mais interessantes. Pouca gente reflete que o programa tem como principal objetivo garantir que as crianças e adolescentes superem suas vulnerabilidades sociais. Em regiões de maior desigualdade histórica como a Norte e Nordeste, <a href="http://oglobo.globo.com/sociedade/educacao/alunos-do-bolsa-familia-tem-aprovacao-acima-da-media-8417992" target="_blank">o rendimento dos alunos beneficiários</a> passa de 82% enquanto a média do país é de 75%. Além disso,<a href="http://www.estadao.com.br/noticias/geral,cresce-altura-de-crianca-atendida-pelo-bolsa-familia,1561519" target="_blank"> entre 2008 e 21012 foi detectado que as crianças atendidas pelo programa cresceram mais,</a> o que significa melhor alimentação e capacidade de nutrição.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>O Bolsa Família reduz a desigualdade da mulher em relação ao homem em regiões mais vulneráveis</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Entre vários estudos que relacionam a questão de gênero e o programa, <a href="http://revistamarieclaire.globo.com/Mulheres-do-Mundo/noticia/2012/11/o-bolsa-familia-e-revolucao-feminista-no-sertao.html" target="_blank">destaca-se o da antropóloga Walquiria Domingues Leão Rêgo</a> que observou a vida das mulheres no sertão. O que ela apresentou, basicamente, é que o fato da titularidade do programa vir em nome das mulheres alterou relações de desigualdade e poder nas decisões e rumos das famílias mais pobres. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>O Bolsa Família não afeta apenas o nordeste</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Ao contrário do que muitos preconceituosos propagam, entre os estados que tem mais u<a href="http://www.correio24horas.com.br/detalhe/noticia/bahia-lidera-numero-de-beneficiarios-do-bolsa-familia-no-pais/?cHash=008b024356296eb58cb0373d6ceafa12" target="_blank">suários do programa estão Minas e São Paulo,</a> que juntos recebem cerca de 4 bilhões anuais do programa, o que representa quase 20% da totalidade. Curiosamente nesses estados o PSDB governa há anos o que nos sugere que a relação entre voto e programas sociais não pode ser vista de forma automática. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>O Bolsa Família dá liberdade para o usuário gastar mas a prioridade é alimentação</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Preconceituosos insistem em dizer que os pobres vão "gastar mal" o dinheiro. Além de toda carga de preconceito que essa ideia pode conter, ela não condiz com a realidade. <a href="http://www.sertaobras.org.br/sertao-2/bolsa-famlia-modelo-mundo/" target="_blank">Segundo pesquisa do IBASE,</a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://www.sertaobras.org.br/sertao-2/bolsa-famlia-modelo-mundo/" target="_blank"><br /></a></div>
87% dão como principal destino do recurso a alimentação. A segunda prioridade é o material escolar.<br />
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>O Bolsa Família dá o peixe e ensina a pescar ao mesmo tempo</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Apesar de achar esse tipo de metáfora deplorável, resolvi dialogar com ela, já que muitos só conseguem trabalhar assim. Pouca gente sabe mas o Bolsa Família é apenas uma parte de uma grande rede de assistência social, o SUAS (Sistema Único de Assistência Social). Em todos municípios brasileiros ele está presente através dos Centros de Referência em Assistência Social. Nesses centros as famílias se cadastram e são assistidas através de diversas inciativas que envolvem a inserção social e produtiva. O governo federal disponibiliza aos municípios um recurso para a gestão do programa.<a href="http://www.mds.gov.br/bolsafamilia/gestaodescentralizada/indice-de-gestao-descentralizada-igd" target="_blank"> O Índice de Gestão Descentralizada </a>mede a qualidade da gestão descentralizada do Programa Bolsa Família, e quanto mais alto o índice, mais recursos esse município receberá para realizar ações relacionadas ao programa. <a href="http://www.mds.gov.br/programabolsafamilia/observatorio/apresentacao" target="_blank">O governo oferece um Observatório de boas práticas na gestão</a> do programa como forma de incentivar seu aperfeiçoamento nos municípios.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Por fim, poderia listar aqui mais inúmeras razões para mostrar que o programa tem efeitos virtuosos. Minha conclusão é a seguinte:<b> vivemos uma época de consolidação de uma rede de proteção socia</b>l, de combate a miséria e de superação das desigualdades. Serviços que anteriormente era residuais e "terceirizados" pelo chamado "terceiro setor" hoje estão sob a gestão do estado e <b>recebem estrutura e recursos</b>. É impossível negar que essa rede teve efeitos fundamentais na superação de desigualdades históricas no Brasil(aliada a política de valorização do salário mínimo e geração de empregos).</div>
<br />
<br />Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6550034219526425998.post-90202485078945219242014-10-21T06:15:00.000-07:002014-10-21T08:52:12.502-07:00Quem divide o Brasil? - reflexões sobre um certo cinismo eleitoral<h3>
<span style="text-align: justify;"> Parte de nossa elite* se atemoriza pelo simples fato de que hoje em dia no país o voto ganhou algum contorno de classe** e já não é possível controlar de forma automática como no passado os desejos e sentimentos de seus subordinados.</span></h3>
<div>
<br /></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><br />
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj7tZoqUxSWJKQwmFRZGzmsKKR6YW9Eo7k27xIxEe74ZZUlsJ2Ae_pU5YNO2W9NjTx7rbegXmjC4S1_jhnC6hqqXoJfTCYc9G57enxjauhv0AVz06FtU7iAo9qTt1rNyi62TVnQpSL_aifm/s1600/debret+paintings+in+Brazil_1.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj7tZoqUxSWJKQwmFRZGzmsKKR6YW9Eo7k27xIxEe74ZZUlsJ2Ae_pU5YNO2W9NjTx7rbegXmjC4S1_jhnC6hqqXoJfTCYc9G57enxjauhv0AVz06FtU7iAo9qTt1rNyi62TVnQpSL_aifm/s1600/debret+paintings+in+Brazil_1.jpg" height="143" width="200" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Debret</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
É minimamente curioso que às vésperas do segundo turno das eleições presidenciais uma parte da sociedade, incluindo "formadores de opinião" insistam na tese de que o Partido dos Trabalhadores e determinados setores da esquerda "dividem" o país entre "ricos e pobres", "brancos e negros", "mulheres e homens", "heterossexuais e "homossexuais".<br />
<br />
Tenho evitado grandes debates nesse momento, principalmente nas redes. Priorizei nesses últimos momentos de campanha a conversa rosto a rosto com pessoas nas ruas das cidades que frequento por achar mais proveitoso e prazeroso.<br />
Mas infelizmente o grau de equívoco desse argumento me impeliu a tratar disso novamente, usando o blog para expôr algumas considerações.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Parto do princípio de que vivemos numa sociedade construída em pilares de desigualdade social, econômica, racial e de gênero. Desde as bases escravistas, passando pelo nosso modelo de estado nacional ao longo do século XIX e as transformações que vivemos ao longo da república e as idas e vindas que fomos colocados através dos momentos ditatoriais que enfrentamos. Sendo assim, para mim, é uma questão de princípio partir da premissa de que essa sociedade é historicamente desigual, e que parte dessa desigualdade não se fez por "providência divina" e sim como estratégia de manutenção de privilégios de determinados setores. Se você acha isso uma bobagem, recomendo abandonar a leitura desse texto e voltar para a tranquilidade da ética da cordialidade, onde os problemas são escondidos, abafados, amenizados e transformados em doçuras. Agora se você acredita que transformações sociais acontecem quando dedos são colocados em feridas históricas, sigamos em frente.</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<a name='more'></a><br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
Historicamente temos dificuldades de mexer nesses "vespeiros" que são os privilégios, seja lá que tamanho eles tem. Para uma grande parcela da população parece ser mais agradável que o "segredo" permaneça adormecido como forma de se livrar do incômodo da mudança, ou em outros casos da perda de privilégios que são meramente simbólicos. Políticas que oferecem aos setores historicamente excluídos algum tipo de horizonte ou ascensão tem sido duramente rechaçadas. Ainda que não tenhamos as mais profundas transformações necessárias, rompemos a inércia com a afirmação de um modelo de consumo interno e valorização do salário mínimo, políticas de reparação como as cotas, mecanismos de combate a desigualdade como programas amplos de transferência de renda, a ampliação do acesso ao ensino superior e técnico federal. Foram tantos anos de "silêncio" que uma mexida razoável no tabuleiro foi capaz de gerar efeitos virtuosos nos dados sobre o país e ao mesmo tempo uma certa ira daqueles que enxergam nisso tudo a perda de seus privilégios.</div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Consumo (pasmem!) pode sim ser parte da inserção cidadã de uma parcela na sociedade brasileira. Esse nem de longe é o problema central, e não deveria ser o centro da crítica daqueles que sempre consumiram (e em algum momento já se endividaram). Uma das mais cruéis formas que uma parte de nossa elite tem de se dirigir aos mais pobres é querer determinar, controlar e direcionar seus desejos com base no que lhes é mais conveniente. É a velha estratégia de "chutar a escada".***</div>
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<br /></div>
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O debate sobre a economia brasileira é apenas um capítulo desse dilema. Embora os oposicionistas tentem tratar o debate como se fosse puramente técnico, mais do que nunca está claro que ele é político, no melhor sentido da palavra. As políticas anticíclicas do atual governo foram tomadas justamente para defender essas pequenas grandes conquistas que vem tentando reduzir o abismo social. Ou alguém tem dúvida de quem as medidas de austeridade tão defendidas pelos Armínios da vida fortalecem os privilégios do mercado e daqueles que se encontram em situação menos vulnerável? </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Ora, não há decisão política que não implique em prioridades. Para todos os lados. </div>
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<br /></div>
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Políticas públicas expõem as desigualdades e diferenças sociais. Elas não as criam como alguns insistem em dizer. Não são os arranjos institucionais que criam as disparidades numa sociedade que hoje já percebe o tamanho do abismo oculto por décadas. Parte de nossa elite se atemoriza pelo simples fato de que hoje em dia no país o voto ganhou algum contorno de classe e já não é possível controlar de forma automática como no passado os desejos e sentimentos de seus subordinados. Eis o grande lance de tudo que acontece hoje no Brasil. Diante disso, essa parcela que perde seu poder de influência (políticos, empresários, comunicadores) denunciam que alguém quer dividir o país que eles construíram dividido até outro dia, negando acesso ao mercado de trabalho formal, a educação, ao consumo, a moradia, a vagas nas universidades e tantos outros fatores que até então eram só deles.</div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O "nós" contra "eles" é apenas uma expressão retórica - goste ou não - para expôr que há sim uma disputa de posições antagônicas no país. E por mais que alguns elementos relevantes possam nos unir, como o respeito e apreço pelo processo democrático por exemplo, não há vergonha ou problema em assumirmos que temos visões de mundo completamente diferentes e que estamos em disputa na arena democrática que tanto sonhamos em ter. Civilidade e respeito são (ou deveriam ser) valores inerentes a qualquer posição política, o que inclui o bom debate, pautado pelo argumento e embasamento. Mas nada disso deve ser utilizado como desculpa para pasteurizar a discussão política. É o que parece ser a vontade daqueles que tem perdido o controle sobre o povão.<br />
<br />
<span style="font-size: x-small;">----------------------------------------------------------------------</span><br />
<span style="font-size: x-small;">* Uso a expressão elite de forma genérica para me referir a grupos que detém historicamente maior poder econômico, acumulando maior capital social e cultural e exercendo até então maior influência sobre a chamada "opinião pública". </span><br />
<span style="font-size: x-small;"><b>** </b>Embora esse contorno seja claro, temos elementos visíveis de que a polarização merece ser observada com todo cuidado. Basta vermos que em cada região a característica do voto se desenha de uma forma. Em certas regiões isso ainda está muito embolada se observarmos as pesquisas de intenção de voto. Em outras, esse quadro de caráter de "classe" do voto é mais nítido. Essa nota se justifica exclusivamente para demonstrar que a divisão temida pelos de cima não é tão sistemática como gostam de propagar.</span><br />
<span style="font-size: x-small;">***A expressão "chutar a escada" foi empregada pelo economista Ha-Joon Chang para exemplificar como países desenvolvidos adotaram estratégias de crescimento pautadas no protecionismo e na intervenção do estado na economia para décadas depois sugerir que países em desenvolvimento adotassem as estratégias opostas para desenvolver-se. Acredito que de certa maneira parte de nossa elite adota a postura de "chutar a escada" em relação aos mais pobres. Não aceitam que eles desfrutem das mesmas possibilidades que eles tiveram antes de atingir o topo.</span></div>
<br />Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6550034219526425998.post-45177402063525236872014-10-15T08:44:00.000-07:002014-10-15T08:44:11.412-07:00Acórdão – Tribunal Pleno -Processo n°: 862943 <iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="511" marginheight="0" marginwidth="0" scrolling="no" src="//www.slideshare.net/slideshow/embed_code/40307481" style="border-width: 1px; border: 1px solid #CCC; margin-bottom: 5px; max-width: 100%;" width="479"> </iframe> <br />
<div style="margin-bottom: 5px;">
<strong> <a href="https://pt.slideshare.net/tiagorattes/acrdo-tribunal-pleno119093" target="_blank" title="Acórdão – Tribunal Pleno -Processo n°: 862943">Acórdão – Tribunal Pleno -Processo n°: 862943</a> </strong> from <strong><a href="http://www.slideshare.net/tiagorattes" target="_blank">Tiago de Andrade</a></strong> </div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6550034219526425998.post-13491846022340997182014-09-16T14:44:00.001-07:002014-09-16T14:44:42.557-07:00Por que é fundamental reeleger Margarida?<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiTkTaBGr4vJzEL6sx7FKB2897nI3nkUJ0VmAr9TN-2lBMewjc-Wv2tXeJCl8zvyETcm3qoP3N6v8h_yYR41UfsVHJalzM_nnSiLOhHuRwW7WFo7eDf48QibMQU4r7mxl4Sc28aSJfzRgIJ/s1600/margarida.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiTkTaBGr4vJzEL6sx7FKB2897nI3nkUJ0VmAr9TN-2lBMewjc-Wv2tXeJCl8zvyETcm3qoP3N6v8h_yYR41UfsVHJalzM_nnSiLOhHuRwW7WFo7eDf48QibMQU4r7mxl4Sc28aSJfzRgIJ/s1600/margarida.jpg" height="300" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
Aproveito essa ocasião para listar em 10 pontos cruciais as razões que me levam a apoiar Margarida e lutar por sua reeleição. Poderia citar inúmeras outras razões, mas faço o seguinte resumo:</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
</div>
<a name='more'></a><br /><br />
<ol>
<li style="text-align: justify;">O que se sempre me aproximou de Margarida foi seu compromisso histórico com as liberdades democráticas e a participação, algo sempre visível em seu mandato como reitora, e posteriormente nas formas de organização de sua campanha e de seu mandato de deputada.</li>
<li style="text-align: justify;">Seu projeto de sociedade sempre se firmou na lógica da transformação social através do combate as desigualdades. Vide a aprovação das cotas na UFJF, abertura de cursos noturnos, ampliação da assistência estudantil. Como deputada priorizou a defesa da educação pública e da valorização dos seus profissionais.</li>
<li style="text-align: justify;">Isso nos remete a outro ponto: para Margarida a defesa da valorização do profissional da educação é princípio. Com esse espírito ela esteve presente na câmara junto aos trabalhadores das universidades federais em greve, buscando abrir negociações com o governo de seu próprio partido.</li>
<li style="text-align: justify;">Ainda na lógica do combate a desigualdade e do desenvolvimento social, Margarida se colocou na vanguarda da luta pela inovação tecnológica. Essa luta se materializou na aprovação da PEC290/2013, que busca colocar o Brasil em um novo patamar de crescimento e desenvolvimento.</li>
<li style="text-align: justify;">Margarida tem atuado intensamente na defesa da democratização dos meios de comunicação, levantando a bandeira das rádios comunitárias, por exemplo. </li>
<li style="text-align: justify;">Em todos espaços que participa faz a defesa incondicional da reforma política com participação popular.</li>
<li style="text-align: justify;">Margarida se dispõe a ser a representação de qualidade que a cidade merece. Assume tarefas em comissões, atua na liderança do partido e se movimenta como importante interlocutora no parlamento. Tem a grandiosidade que sempre buscamos.</li>
<li style="text-align: justify;">Feminista, faz a defesa combativa dos direitos das mulheres e da ampliação da participação das mesmas na política.</li>
<li style="text-align: justify;">Margarida concebe desenvolvimento de forma integrada. Sabe que para Juiz de Fora crescer, a Zona da Mata mineira precisa crescer, e vice-versa. Prova disso foram os recursos liberados para a região e os quilômetros percorridos pela deputada ao longo desses anos.</li>
<li style="text-align: justify;">Vivemos tempos de ampliar as transformações sociais e políticas. Tempos de qualificar a representação. E é justamente isso que Margarida significa para mim: uma representação da grandiosidade que nossa realidade exige. Sua reeleição é fundamental para abrirmos cada vez mais espaço para grandes mudanças.<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhXr9uQMrTtEBzJ4iJIsA7kCCzCNH8agL5G9lPwf-TMklDJL52JY1Feddw4zLdo1SR_MLYSfFTtRVrpMTz8NlQigRUDm5FtlS9xRMaazP496FaqJ40bRC0Ca5lVR3sXOCv1KZD7aKjH5VJJ/s1600/10405465_629811667126096_5142898511022841460_n.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhXr9uQMrTtEBzJ4iJIsA7kCCzCNH8agL5G9lPwf-TMklDJL52JY1Feddw4zLdo1SR_MLYSfFTtRVrpMTz8NlQigRUDm5FtlS9xRMaazP496FaqJ40bRC0Ca5lVR3sXOCv1KZD7aKjH5VJJ/s1600/10405465_629811667126096_5142898511022841460_n.png" height="236" width="640" /></a></div>
</li>
</ol>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O amigo blogueiro Vinnicius Moraes escreveu um belo texto explicando também as razões de seu apoio a Margarida. Clique <b><u><a href="http://www.vinniciusmoraes.com.br/2014/09/pra-romper-limites-margarida-salomao-deputada-federal-1314.html" target="_blank">aqui </a></u></b>para ler!</div>
Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6550034219526425998.post-89110060925982007582014-05-31T10:16:00.000-07:002014-05-31T10:16:10.262-07:00A construção do imaginário sobre a resistência à ditadura civil militar brasileira e o lugar dos atores: dilemas vivos e assombrosos<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="font-size: 12px;"><b>Texto originalmente escrito para o Dossiê 50 anos do golpe da Universidade Nômade.</b></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<em style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 12px;"><br /></em></div>
<div style="text-align: justify;">
<em style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 12px;">O legado da ditadura ainda é forte entre as populações marginalizadas e vulnerabilizadas pela paz do capital, apesar das mobilizações e lutas sociais dos anos 1970 e 1980, com o novo sindicalismo, os “novos movimentos” e a condensação das lutas ao redor da fundação do PT. A luta pela memória é atual.</em></div>
<div style="text-align: justify;">
<em style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 12px;"><br /></em></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjWKHLUrXhAwwncdRibOZOPzWNmW2NddGQqHrFAPzwWbHJj9xJeS91Da4p9pqrdLfyLrazGMhWU0EKnSaTbp3B2innMKBWGXRvfbOK-wOPvvXo3b5wsF9xKPOCof9oFcxDHvx0zErNY7XlU/s1600/sion-300x225.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjWKHLUrXhAwwncdRibOZOPzWNmW2NddGQqHrFAPzwWbHJj9xJeS91Da4p9pqrdLfyLrazGMhWU0EKnSaTbp3B2innMKBWGXRvfbOK-wOPvvXo3b5wsF9xKPOCof9oFcxDHvx0zErNY7XlU/s1600/sion-300x225.jpg" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Colégio Sion, 1980. Foto: Juca Martins.</td></tr>
</tbody></table>
<div style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 12px; margin-left: 5px; margin-right: 10px; margin-top: 10px; text-align: justify;">
A perspectiva que reina há décadas na historiografia e nas ciências sociais brasileiras, de forma vulgar e resumida, pode assim ser esquematizada: a resistência à ditadura civil militar brasileira teve diversas frentes, pacíficas, armadas e institucionais, que culminaram numa espécie de efervescência da sociedade civil nos anos de 1980. Esta nos apresentou novos atores sociais, novos sindicalismos, e novas formas de organização social, levando ao processo de democratização, materializado pela constituição de 1988. Essa constituição foi adjetivada de “cidadã”, expressão essa que demarca claramente o olhar enviesado sobre o imaginário do período e os valores em disputa.</div>
<div style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 12px; margin-left: 5px; margin-right: 10px; margin-top: 10px; text-align: justify;">
Os novos atores sociais e o novo sindicalismo (que culminou na fundação do Partido dos Trabalhadores), para além da existência real desses atores como “novos”, têm grande relação com a tentativa de construir uma vitória sociológica sobre a tese do “populismo”. Ou seja, com a tentativa de demonstrar como supostamente tais setores em ascensão foram capazes de eliminar as contradições de seus similares em períodos passados, superando o atrelamento ao estado, a convivência paternal com o chefe de estado, a aceitação da suposta tutela, e a ausência de um dinamismo marcado pela origem rural de seus membros.</div>
<div style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 12px; margin-left: 5px; margin-right: 10px; margin-top: 10px; text-align: justify;">
</div>
<a name='more'></a><br /><br />
<div style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 12px; margin-left: 5px; margin-right: 10px; margin-top: 10px; text-align: justify;">
Hoje, mais do que nunca, faz-se necessária a revisão dessa percepção sobre o papel dos atores do final da década de 1970 e de toda década de 1980. A visão sobre os mesmos guarda em si grandes verdades, mas também esbarra na necessidade sociológica de classificar e apontar um caminho de superação. É como se uma tese descesse às ruas e tentasse organizar a realidade. Não se trata, contudo, de reduzir ou relativizar a importância daqueles atores e episódios. Sem as greves do ABC e do “novo” sindicalismo, a disputa pela democracia não teria sido a mesma. Trata-se afinal de debater como o imaginário é construído com base na afirmação e negação de atores e episódios do passado.</div>
<div style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 12px; margin-left: 5px; margin-right: 10px; margin-top: 10px; text-align: justify;">
Em segundo lugar, a “escolha” desses atores tem relação também ainda com a tradicional tese marxista de como a dinâmica do capitalismo gera novas situações e novos atores, e como aquela etapa de nossa história nos colocaria numa espécie de modernidade. Por mais que, já na década de 1980, houvesse crítica contundente e abertura de novos paradigmas, a maioria esmagadora de nosso pensamento social brasileiro ainda estava embebido da tradicional análise europeizada de Marx e Weber. Mais do que nunca, queríamos ser modernos.</div>
<div style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 12px; margin-left: 5px; margin-right: 10px; margin-top: 10px; text-align: justify;">
Em terceiro lugar, mais do que uma constatação, uma questão: onde estavam os setores excluídos das transformações que o capitalismo gerou no Brasil ao longo das décadas de 1970 e 1980? Burgueses e operários couberam nas análises e o rearranjo de suas forças foi tratado a esmo por diversos pensadores e partidos políticos. Principalmente, na construção de suas estratégias para o poder futuro (vejam-se o PT e os trabalhadores, o PSDB e os proprietários). Por outro lado, a visão da democracia como um formalismo deixou de lado os efeitos da ditadura entre os moradores de favela, negros e negras quilombolas e uma série de atores alijados pelo “progresso” capitalista, para o bem ou para o mal.</div>
<div style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 12px; margin-left: 5px; margin-right: 10px; margin-top: 10px; text-align: justify;">
Provavelmente, é possível dizer que seja justamente essa noção de resistência, atores e democracia, que fez com que o imaginário sobre a resistência e da própria democracia tenha sido capitalizado de forma tão abrasiva nos que hoje detém boa parte do capital político, social e cultural brasileiro. Enquanto à boa parte da população ainda seja negado o acesso aos direitos mais básicos de participação, determinação e afirmação, com a exclusão habitacional, urbana, social e racial. Basta vermos como o processo de “pacificação” realizado pelos governos do RJ é cercado de contradições. Os atores ora excluídos do imaginário político e social brasileiro são aqueles a quem é imposta uma pacificação militarizada e violenta. A pobreza segue o elemento central na privação de direitos dentro da democracia meramente formal.</div>
<div style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 12px; margin-left: 5px; margin-right: 10px; margin-top: 10px; text-align: justify;">
Lula atingiu boa parte dos setores até então excluídos desse processo através de suas políticas sociais e da valorização do consumo interno. O estado passou a existir em alguns aspectos para essas pessoas, assim como o mercado, o que de certa forma permitiu algum tipo de rearranjo na sociedade brasileira nas últimas décadas. Mas ainda não assistimos a um grande movimento de mudança de olhares sobre essa realidade. A disputa pela manutenção desse imaginário segue firme e pendendo para o lado de sempre.</div>
<div style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 12px; margin-left: 5px; margin-right: 10px; margin-top: 10px; text-align: justify;">
Basta lembrarmos da imagem do corpo de Claudia sendo arrastado pelas ruas do Rio de Janeiro. Essa é a imagem clara da negação de direitos e espaço, que nasce também da forma como construímos o imaginário da resistência à ditadura e, por consequência, o lugar dos atores na sociedade pós-1988.</div>
<div style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 12px; margin-left: 5px; margin-right: 10px; margin-top: 10px;">
<br /></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6550034219526425998.post-46713089526599140272014-05-31T10:11:00.000-07:002014-05-31T10:13:19.696-07:00O meu museu<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi4a-2v8c0OjNX4YikAs0AitWp4FDKI7GhSY3swOCcZUb2XcGc4zGjLyyLbNiMHOKegBgdUcVXXo3hpsNKxCCnZGgjfWniRvg2v_OJiMwrT5c4ULl_xEhhpXIAQoqlM8pmMfJXedT8j6TvB/s1600/mariano_procopio.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi4a-2v8c0OjNX4YikAs0AitWp4FDKI7GhSY3swOCcZUb2XcGc4zGjLyyLbNiMHOKegBgdUcVXXo3hpsNKxCCnZGgjfWniRvg2v_OJiMwrT5c4ULl_xEhhpXIAQoqlM8pmMfJXedT8j6TvB/s1600/mariano_procopio.jpg" height="146" width="200" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: inherit; font-size: 12pt; text-indent: 35.4pt;">“Guerra de mamona no
Museu”! O grito empolgado de um dos nossos colegas era o sinal: corríamos todos
para o parque do Museu Mariano Procópio. Formávamos nossas equipes, recolhíamos
as mamonas nas camisas e fazíamos nossas trincheiras imaginárias.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-size: 12pt;"><span style="font-family: inherit;">Geralmente em outubro
as jabuticabeiras do parque ficavam carregadas e lá íamos, em turbas de
moleques, saborear as frutas. “Mas cuidado com o guardinha!” Existia
entre nós a sensação de que pegar as frutinhas era algo proibido, o que dava
ainda mais sabor ao feito.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<a name='more'></a><br />
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="background-color: transparent; font-family: inherit; font-size: 12pt; text-indent: 35.4pt;">Assim crescemos, nós criados ali no
bairro Mariano Procópio, chamando de “museu” toda paisagem, inclusive o parque,
que envolve essa jóia de Juiz de Fora, o Museu Mariano Procópio. A presença
constante e alegre por ali desde a mais tenra infância, talvez tenha feito com
que demorássemos a perceber a exuberância dos prédios e o valor histórico
daquele lugar.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-size: 12pt;"><span style="font-family: inherit;">Tinha apenas 5 anos quando fiz minha
primeira visita guiada ao Museu. Lembro-me como se fosse hoje: ansioso como
sempre, o dia anterior tornou-se uma tortura. E lá fomos nós conduzidos pela
Tia Eliana da Escola Menino Jesus. A conversa que passava de boca em boca era
de que lá existia uma senzala. E a palavra senzala soava como dor. Falávamos
baixinho, como se fosse um palavrão! Ainda éramos pequenos para entender
exatamente o sofrimento que a escravidão havia legado ao povo negro, mas a
experiência daquele dia me fez observar atento não só a suposta senzala, mas
também os objetos do acervo relacionados a esse episódio da nossa história.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-size: 12pt;"><span style="font-family: inherit;">Retornei ao parque do museu no meu
papel de moleque ainda muitas vezes. E depois foram inúmeras visitas escolares
que ganhavam a cada dia mais um olhar curioso e refinado. Como se cada ida
revelasse um novo detalhe no acervo. Os móveis do período imperial, as
vestimentas expostas que pareciam dar vida e sentido ao passado, como se
expusessem os segredos dos personagens de nossa história.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-size: 12pt;"><span style="font-family: inherit;">O tempo passou e a curiosidade da
senzala tornou-se sentimento de responsabilidade e indignação. Aos poucos a
galeria de arte ganhava ainda mais sentido aos olhos de um rapaz não tão jovem.
A vontade de ver e conhecer, transmutava-se em olhar crítico. “Será
que essa tela de Jean Honoré-Fragonard é original?”<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-size: 12pt;"><span style="font-family: inherit;">Memória, história, arte, arquitetura, o
cheiro e a geografia da infância se uniam em um único sentimento. E o moleque
que brincava de guerra de mamona e roubava jabuticabas no parque do museu
resolveu tornar-se historiador. E claro, pesquisador da história do Brasil Império.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-size: 12pt;"><span style="font-family: inherit;">O Museu Mariano Procópio conserva o
segundo maior acervo histórico do Brasil Império, uma coleção de obras de arte
vultuosa e oferece um conjunto arquitetônico ímpar, tudo isso conjugado a
beleza natural traduzida pelo paisagismo. Mas segue na minha memória afetiva
como meu lugar de brincadeiras, amizades e fantasias de criança.<o:p></o:p></span></span></div>
<br />
<br />
<b><i>Texto originalmente publicado na Tribuna de Minas para série "O museu é nosso".</i></b><br />
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6550034219526425998.post-35803042049789031862013-11-22T13:46:00.000-08:002014-05-31T10:17:08.387-07:00Por que ativistas e intelectuais reagem tão mal quando são questionados em situações de machismo, homofobia ou racismo?<h3 style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #333333;">Ativistas e intelectuais “progressistas” tendem a entender que sua atuação lhes confere certo capital social e político que os protege de seus próprios erros...</span></h3>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #333333;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<a href="http://oglobo.globo.com/educacao/alunos-da-ufrrj-invadem-palestra-para-protestar-contra-professor-10822206" target="_blank"><b>A situação que envolveu o professor <span class="apple-converted-space"><span style="background: white; color: #333333; mso-bidi-font-family: Tahoma;"> </span></span></b></a><span style="background: white; color: #333333; mso-bidi-font-family: Tahoma;"><a href="http://oglobo.globo.com/educacao/alunos-da-ufrrj-invadem-palestra-para-protestar-contra-professor-10822206" target="_blank"><b>Paulo Ghiraldelli Jr</b></a>., que há quatro
anos leciona na UFRRJ, ao longo dos últimos dias tem um caráter emblemático.
Durante uma palestra na</span><span style="background: white; color: #333333; font-size: 9.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: Tahoma; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"> </span><span class="apple-converted-space"><span style="background: white; color: #2a2a2a; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 13.0pt;"> </span></span><span style="background: white; color: #2a2a2a; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 13.0pt;">I Semana Acadêmica de Filosofia da UFRRJ o professor sofreu um
“escracho”. Trata-se de uma espécie de tática de manifestação em que jovens
expõem alguém a uma situação intensa de protesto, decorrente de alguma posição
política, geralmente ligada a intolerância, discriminação e violência. As
razões do “escracho” ao filósofo se justificaram pelo suposto comportamento
machista, homofóbico e até racista, que segundo alunos e alunas se
materializava em piadas nas aulas e também em textos, como por exemplo, uma
recente coluna intitulada <b><a href="http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/2013-09-18/diante-da-mulher-nua-pergunto-se-e-friboi.html" target="_blank">“Diante da mulher nua, pergunto se é “friboi”?</a>.</b><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #2a2a2a; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 13.0pt;"></span><br />
<a name='more'></a><span style="background: white; color: #2a2a2a; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 13.0pt;"><br /></span></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: justify;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhecoaf5Anw3wh6Dqhi9wyEK-6WCXqlsSXnt-OBEIchWDWeAVowp4mWTdQ1D-V7zK5qqYe0pD0yInXgd-a_9i9UFVfP78D1SZbPMZiq6UsEEC6tBjbJl6Lh0PmWa9RDPs3dCc848NyDulEQ/s1600/capa-site.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhecoaf5Anw3wh6Dqhi9wyEK-6WCXqlsSXnt-OBEIchWDWeAVowp4mWTdQ1D-V7zK5qqYe0pD0yInXgd-a_9i9UFVfP78D1SZbPMZiq6UsEEC6tBjbJl6Lh0PmWa9RDPs3dCc848NyDulEQ/s1600/capa-site.jpg" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;"><a href="http://oglobo.globo.com/educacao/alunos-da-ufrrj-invadem-palestra-para-protestar-contra-professor-10822206" style="text-align: start;" target="_blank"><b>Paulo Ghiraldelli Jr</b></a><span style="background-color: white; color: #333333; text-align: start;">.(Foto: blog pessoal)</span></span></td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #2a2a2a; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 13.0pt;">Não conheço o filósofo e nem tenho pretensão de
fazer aqui uma análise profunda sobre o caráter do mesmo, ou tentar compreender
através de sua obra se ele pode ou não assim ser tratado. Interessa-me, de
imediato, levantar algumas questões sobre esses conflitos que se tornaram
relativamente comuns nos dias de hoje.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #2a2a2a; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 13.0pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #2a2a2a; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 13.0pt;">A reação de </span><span style="background: white; color: #333333; mso-bidi-font-family: Tahoma;">Ghiraldelli diante os alunos é
emblemática. Aos berros, <a href="http://www.youtube.com/watch?v=xwp7IoRMjt8" target="_blank"><b>no vídeo feito pelos alunos</b></a> durante o “escracho” ele
diz: “sou militante de todos os movimentos sociais e tenho livros para provar
isso”. O filósofo apresentou, portanto, as credenciais que o isentariam de machismo: é um militante, ou seja, não pode ser questionado.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #333333; mso-bidi-font-family: Tahoma;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #333333; mso-bidi-font-family: Tahoma;"><b>Em proporções diferentes</b> essa foi a reação do rapper Emicida <a href="http://www.cartacapital.com.br/blogs/feminismo-pra-que/letra-machista-de-emicida-levanta-polemica-3984.html" target="_blank"><b>quando questionado por feministas de fora e de dentro do mundo do rap</b></a> sobre a música “Trepadeira”, lançada em seu
novo álbum. Emicida é indiscutivelmente
um valoroso combatente da igualdade social e racial. Apesar de não ter tido uma
reação tão “exaltada” como a do filósofo, também procurou a todo momento negar
o suposto machismo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #333333; mso-bidi-font-family: Tahoma;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #333333; mso-bidi-font-family: Tahoma;">E quem tem um grau de vivência, seja na academia, seja nos diversos
movimentos sociais tradicionais, principalmente os sindicais, sabe que é
costumeiro o comportamento machista e homofóbico. E a luta para modificar esse
quadro sempre encontra resistência.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #333333; mso-bidi-font-family: Tahoma;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #333333; mso-bidi-font-family: Tahoma;">Ativistas e intelectuais “progressistas” tendem a entender
que sua atuação lhes confere certo capital social e político que os protege de
seus próprios erros. Inclusive os
protege da ausência de reflexão sobre os problemas complexos que envolvem
gênero e raça, por exemplo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #333333; mso-bidi-font-family: Tahoma;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #333333; mso-bidi-font-family: Tahoma;">De um lado podemos constatar que boa parte desse campo
progressista ainda não promoveu as devidas reflexões. Tanto ativistas, quanto
acadêmicos ainda não incorporam, na sua grande maioria, as temáticas citadas em
seus debates e reflexões. Tais temas ainda encontram espaço marginalizado nos
diversos meios, ficando restritos quase que exclusivamente a antropólogos e
congêneres.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #333333; mso-bidi-font-family: Tahoma;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #333333; mso-bidi-font-family: Tahoma;">Do ponto de vista do ativismo e da militância, existe uma
forte tendência de hierarquização de bandeiras, algo muito comum nas esquerdas
tradicionais. Isso não é só um problema de método, é antes de tudo um problema
de concepção. Demonstra que persiste em boa parte desses setores a perspectiva
de observar a realidade complexa através de olhares que privilegiam
determinadas esferas, enquanto o mais importante seria compreender as múltiplas
relações causais e de interações de efeitos que esses temas propiciam.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #333333; mso-bidi-font-family: Tahoma;"><br /></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #333333; mso-bidi-font-family: Tahoma;">Ao mesmo tempo em que vejo esse fenômeno, vejo também horizontes
interessantes. Cada vez mais surgem movimentos dispostos a construir olhares
complexos e múltiplos sobre a realidade. Isso significa a efetiva possibilidade
de integração e interação das pessoas, em sua multiplicidade e diversidade.<o:p></o:p></span></div>
Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6550034219526425998.post-70426839557176236882013-06-27T07:33:00.002-07:002013-06-27T07:33:51.467-07:00Democracia sem multidão?<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgARgh4t6iMJYjCu6kNUtOADAjnxTsCYX4YtIIAZFfwc5MG8YWz3zC734ybqavYoGnT8zXaP9zudGua8Nq5-QHVFlejBBKStJt4fb9BMiXoWOwR0gY5SDL1xGltR2E7f2NWZhEHenuMP5HF/s960/ninja.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgARgh4t6iMJYjCu6kNUtOADAjnxTsCYX4YtIIAZFfwc5MG8YWz3zC734ybqavYoGnT8zXaP9zudGua8Nq5-QHVFlejBBKStJt4fb9BMiXoWOwR0gY5SDL1xGltR2E7f2NWZhEHenuMP5HF/s320/ninja.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Foto: Mídia NINJA</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A grande novidade do processo que vivemos é a possibilidade
da multidão nas ruas, dentro de um processo de interação crítica do “velho” com
o “novo” construir uma experiência de poder constituinte. Poder constituinte aqui tratado <b>“como
expansão revolucionária da capacidade humana de construir a história, como
ato de inovação e, portanto, como
procedimento absoluto”</b>(Negri).</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O “velho” se traduz nas bandeiras transformadoras da
modernidade, muitas ainda não concluídas. O “novo” se refere ao sentido e
sentimento da multidão de combate ao biopoder e de resposta a crise de “anacronismo”
de algumas instituições.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
</div>
<a name='more'></a><br /><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Os partidos de esquerda devem e precisam compreender que a
horizontalidade desse processo os obriga a interação crítica. Velhas lentes não
permitem novos olhares. Se não há grandes
transformações sem os partidos, não haverão partidos sem a compreensão da
subjetividade da multidão.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
De um lado, a possibilidade de concretizarmos novas
experiências de mobilização da multidão, através das ruas e da penetração que a
voz da mesma consegue impor às instituições, de outro a formação de um sentido
comum que sirva como elemento destruidor de qualquer possibilidade de afirmação
do velho biopoder.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Oportunidade única: um plebiscito pode efetivar esse
processo e definir bem os campos da política . Sua negação é tentar afirmar a “ilegalidade”
dos desejos da multidão. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
</div>
<div style="text-align: justify;">
O tempo é uma
velha desculpa da modernidade para capturar desejos e convertê-los em frustração. </div>
<!--[if !supportLineBreakNewLine]--><br />
<!--[endif]-->Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6550034219526425998.post-49878254696017042792013-06-14T08:20:00.000-07:002013-06-14T08:23:31.941-07:00"Transformar nossa carne em novas formas de vida" - notas sobre SP e o Brasil<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhgd1NAbK-GKwIklwqaQWXmZs7XgRzmWoLvJLdxqqXt2rtslM800HaljC67-7-pYfrG3MHJUJ5DopO8xeyNIwOwpTMqjrgXGXqkrZgTlCCrc0xZVnwZjwVhLjU5JM2aJlgB3GdiVVm48Wsa/s1600/ninja2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><span style="font-family: inherit;"><img border="0" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhgd1NAbK-GKwIklwqaQWXmZs7XgRzmWoLvJLdxqqXt2rtslM800HaljC67-7-pYfrG3MHJUJ5DopO8xeyNIwOwpTMqjrgXGXqkrZgTlCCrc0xZVnwZjwVhLjU5JM2aJlgB3GdiVVm48Wsa/s400/ninja2.jpg" width="400" /></span></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-family: inherit;">Foto: <a href="https://www.facebook.com/midiaNINJA?fref=ts" target="_blank">Mídia NINJA</a></span></td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">“Multidão é o conceito de uma potência. Somente analisando
a cooperação podemos, com efeito, descobrir que o todo de singularidades produz
além da medida. Esta potência não deseja apenas se expandir, mas, acima de
tudo,quer se corporificar: a carne da multidão quer se consubstanciar no corpo
do General Intellect. (...) Tal como a carne, a multidão é pura potência, ela é
a força não formada da vida, um elemento do ser. Como a carne, a multidão
também se orienta para a plenitude da vida. O monstro revolucionário chamado
multidão que surge no final da modernidade busca continuamente transformar
nossa carne em novas formas de vida” <i>(Antonio Negri - </i></span><i><span style="background-color: #f9f9f9; font-size: 16px; line-height: 18px;">Para uma definição ontológica da Multidão</span><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">).</span></i></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"></span></div>
<a name='more'></a><span style="font-family: inherit;"><br /></span>
<span style="font-family: inherit;"><br /></span>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><b>Não há “nova classe média”</b><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">A carne viva está nas ruas. O processo histórico da
última década nos trouxe até aqui.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Algumas observações do Prof. <b>Giuseppe Cocco</b> me
parecem fundamentais para entender o processo: em primeiro lugar, não se trata
exatamente do movimento de uma “nova
classe média” como alguns insistem em assinalar. Estamos diante, na prática, da
nova composição do trabalho nas regiões metropolitanas. Para ele uma das conseqüências
da mobilidade social da era Lula é a “mobilização
da multidão do trabalho metropolitano”. A multidão “do Rio e de SP nos <span style="background: #F9F9F9;">mostra que a “inovação da esquerda” não passa por “novos
nomes tecnocratas” mas sim “pela nova composição” desse trabalho</span>.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: #F9F9F9; font-family: inherit; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: #F9F9F9; font-family: inherit; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><b>O que os governos não entendem
(ou não querem entender)</b><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: #F9F9F9; font-family: inherit; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: #F9F9F9; font-family: inherit; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">O dilema dos governos está dado.
Entender a potência da multidão em sua nova conformação e redimensionar seus
comportamentos. Do contrário, aprofunda-se a crise de representatividade pautada
pelo crescente anacronismo de nossas instituições e modos de governar.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: #F9F9F9; font-family: inherit; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: #F9F9F9; font-family: inherit; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><b>Entre a sedução da indiferença e
a diferença da política</b><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: #F9F9F9; font-family: inherit; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: #F9F9F9; font-family: inherit; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Haddad não pode se deixar seduzir
pelo “gerencialismo”. Buscar a legitimidade da maioria dos paulistas
reafirmando um perigoso dogma pode ser a perda fatal da oportunidade de ser
protagonista de uma nova realidade no país. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: #F9F9F9; font-family: inherit; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: #F9F9F9; font-family: inherit; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><b>Ir além do simples ativismo</b><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: #F9F9F9; font-family: inherit; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: #F9F9F9; font-family: inherit; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Por outro lado os movimentos
precisam avançar do estado de mobilização para o da organização e proposição. Estabelecer
relações e ações em múltiplas frentes. Trata-se de um movimento de permanente
interação entre os atores. Isso inclui fugir da sedutora opção pelo ativismo
pelo ativismo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: #F9F9F9; font-family: inherit; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: #F9F9F9; font-family: inherit; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><b>A encarnação do inimigo – ou o fantasma
vivo do pior passado</b><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: #F9F9F9; font-family: inherit; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: #F9F9F9; font-family: inherit; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">A polícia de Alckmin está sem
máscara. Máscara essa, aliás, que o governador nunca teve. A noite de ontem trouxe à sociedade todas as
evidências e fatos possíveis de que a máquina de repressão é retrógada,
violenta e autoritária. A ação do governo estadual acentua ainda mais o
paradoxo. Obriga ainda mais os campos políticos que tem algum tipo de
compromisso com a multidão a agir diferente e entender que nesse momento é
fundamental uma ação efetiva que abra portas e os diferencie dos outros.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: #F9F9F9; font-family: inherit; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: #F9F9F9; font-family: inherit; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><b>A rua é a vida - e sua voz é a sobrevida
das instituições </b><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: #F9F9F9; font-family: inherit; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><span style="background: #F9F9F9; font-family: inherit; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">As ruas estão apenas
corporificando a história sob nossos olhos. Hoje o tema do transporte público
ganhou força dentro da lógica da </span><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: inherit;">“mobilização da
multidão do trabalho metropolitano” que Cocco destaca brilhantemente. Outras (novas)
contradições aparecerão ao longo do período e provavelmente não passarão
despercebidas dos desejos e sentidos da multidão. Acentuam-se pelas iminentes
contradições do velho Brasil autoritário e desigual. Mas também pelo estopim
das limitações do novo Brasil “desenvolvimentista”. </span><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<span style="font-family: inherit;"><br /></span>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6550034219526425998.post-47866144771988617722013-06-12T12:06:00.000-07:002013-06-12T12:06:03.542-07:00Às vezes é preciso “desestatizar” o coração – mas sem perder a "razão"<div style="text-align: justify;">
<i>“Quem ama é sempre muito escravo, mas não obedece nunca de
verdade” </i>(Guimarães Rosa – GS:V)</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj4WdeiU4U3wC9weMLOpmj2KlP1wlaH8-pIXuONzJtRHYPT9_jlztorewVUheBbg_8QlmM8-KZusxjgzjQOSCBghelvzeFNCwVan-aN8o-kQoj7Z8fVnDbzxNt9fxJLGHBD9etyOq4TYwob/s1600/ninja.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj4WdeiU4U3wC9weMLOpmj2KlP1wlaH8-pIXuONzJtRHYPT9_jlztorewVUheBbg_8QlmM8-KZusxjgzjQOSCBghelvzeFNCwVan-aN8o-kQoj7Z8fVnDbzxNt9fxJLGHBD9etyOq4TYwob/s320/ninja.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Foto: Mídia <a href="https://www.facebook.com/midiaNINJA?fref=ts" target="_blank">NINJA</a></td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Se um famoso filme difundiu a frase “todo coração é uma
célula revolucionária”, sinto me a vontade para dizer que, obstante o lirismo da
frase, creio que o coração muitas vezes é uma “célula de conforto”. Em matéria de política, muitas vezes,
intuitivamente tendemos a resistir quando o tema é uma reflexão mais
abrangente. Mas isso está longe de ser “natural”, é histórico, claro.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O meu coração guarda grande apreço pela figura de Fernando
Haddad. Foi um bom ministro da educação, fez uma bela campanha em busca da
prefeitura de São Paulo, e já prefeito, nos primeiros meses se comportou de
forma digna e coerente em muitos momentos.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Historicamente, meu coração guarda grande apreço pelos
movimentos sociais e pelas lutas populares brasileiras. Elas são parte da minha
vida e história.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O movimento que ecoa nas ruas de São Paulo tem gerado um
debate acirrado e muitas vezes, a meu ver equivocado, entre diversos corações de São Paulo e do Brasil. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
</div>
<a name='more'></a><br /><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
De um lado, alguns ativistas elegeram todos governantes e
todas as formas de governos como inimigos. Fator natural, tendo em vista a
crescente crise da representação e os dilemas que nossa democracia enfrente ao
longo das últimas décadas.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Do outro lado, alguns assumiram a defesa intransigente
desses governos e seus chefes, traçando até mesmo as mais incríveis teorias da
conspiração para desabonar o movimento que vem das ruas contra o aumento da
tarifa do transporte público paulista.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Dois dilemas aparecem muito claros nesse debate: de um lado,
os governos ainda têm nítida dificuldade de lidar com as transformações que a
sociedade civil vem vivendo nesses tempos de sociedade de rede. Não temos mais
grupos de interesse estanques na esfera pública. Cada vez mais os movimentos se
entrelaçam e multiplicam seus interesses nos mais diversos formatos. A
pluralidade e complexidade da sociedade brasileira refletem cada vez mais na
forma de reivindicar e nas próprias reivindicações. O tradicional trabalhador
(casa-trabalho-trabalho-casa) dá lugar cada vez mais ao profissional de
múltiplas movimentações pela urbe, assumindo inúmeras funções na rede de
produção e de criação (casa+trabalho+rua+sociabilidade moderna). </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Mal comparando, o cidadão em 2013 é uma equação de terceiro
grau, em contraposição ao cidadão do século passado, que era uma espécie de
equação simples. E não mais é simples compreender, incluir e atender essa “multidão”
na história.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
As redes de informação
e formação são cada vez mais amplas. O ator social mudou profundamente. Mas os
governos mudam de forma muito tímida, quando mudam.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Sendo assim, o desnível entre mudanças efetivas do poder
público e a “práxis” do cidadão real geram uma espécie de diálogo dificultoso,
onde demandas e soluções se enfrentam e muitas vezes encontram grandes
dificuldades de solução.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Por outro lado, a exacerbação do ativismo, puro e simples,
leva também ao diálogo surdo. A pujança da militância é algo extremamente
valoroso e precioso, mas não pode se compreender de forma destacada da
realidade das esferas de governo. O
eterno risco do “há governo, sou contra”.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Não se trata da defesa de um “conformismo qualificado” mas
sim de uma tática mais acertada de enfrentamento, onde as estratégias de “rua”
se fundam nas estratégias “institucionais” de ação e reação. O movimento é dialético: ocupar as ruas
sempre, mas ocupar as instituições permanentemente. Ampliar e qualificar as pautas de reivindicação
mas fazer o mesmo com os canais de diálogo.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Erra quem transforma a questão de São Paulo em um problema único e exclusivo do
PT. Erra também quem acha que não é um problema do PT. Na prática os movimentos
da rua são parte da crescente insatisfação universal de uma população nascida
em novos tempos e permeada por outros dilemas. Mas podemos dizer que o
voluntarismo excessivo, que ganha reflexo muitas vezes na falta de organização
e criatividade, é algo urgente e importante que o novo ativismo brasileiro
precisa refletir.</div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Por fim, o que vem das ruas é bom. “Desestatizar” o coração
é importante nesse momento e pode ser uma bela lição para a democracia mas
também para a governança. Mas as questões são amplas e infindáveis. Novamente
citando Rosa: “vivendo, se aprende; mas o que se aprende, mais, é só a fazer
outras maiores perguntas”.</div>
Unknownnoreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-6550034219526425998.post-17781600039615877922013-05-20T15:43:00.000-07:002013-05-20T15:44:16.846-07:00Um domingo com Monarco e a renovação de votos do samba<br />
<div class="MsoNormal">
<o:p></o:p></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEixTZ5BTna4khb-FHx0aN3m2tgqZ7p5M4uZyn1FDePMf7XuNvQWy05UmOpfS7cnNZBnjbjESqK6gTEDlVBWm4Qg2RjEhHt8bZfX7wYX_b1pvU4j8chZCe2LgNb8GDpIOe1FOu7cKbDtxd9K/s1600/IMG4866.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><br /><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEixTZ5BTna4khb-FHx0aN3m2tgqZ7p5M4uZyn1FDePMf7XuNvQWy05UmOpfS7cnNZBnjbjESqK6gTEDlVBWm4Qg2RjEhHt8bZfX7wYX_b1pvU4j8chZCe2LgNb8GDpIOe1FOu7cKbDtxd9K/s320/IMG4866.jpg" width="240" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-family: inherit;"><i><span style="background-color: white; font-size: 15px; line-height: 24px; text-align: start;">"Pra ver, se não me falha a memória</span><br style="background-color: white; font-size: 15px; line-height: 24px; text-align: start;" /><span style="background-color: white; font-size: 15px; line-height: 24px; text-align: start;">No livro da nossa história tem conquistas a valer</span><br style="background-color: white; font-size: 15px; line-height: 24px; text-align: start;" /><span style="background-color: white; font-size: 15px; line-height: 24px; text-align: start;">Juro que não posso me lembrar</span></i></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="background-color: white; font-size: 15px; line-height: 24px; text-align: start;"><span style="font-family: inherit;"><i>Se for falar da Portela, hoje não vou terminar(...)"</i></span></span></div>
<br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Enquanto eu tomava uma Brahma no Bar Rainha – no malabarismo
de acompanhar duas partidas de futebol pela TV ao mesmo tempo – pensava no
compromisso que eu teria em algumas horas. Domingo, dia 19 de maio de 2013,
reservava a mim e a tantas outras pessoas um dia histórico no samba de Juiz de
Fora e por que não do Brasil. Mas eu bebia minhas Brahmas sem nem imaginar que
a experiência para o qual já estava ansioso seria ainda mais brilhante.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br />
<a name='more'></a><br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Diretamente de Oswaldo Cruz vinha o Sr. Hildemar Diniz,
octogenário, oriundo de Cavalcante, carioca até o talo, suburbano, sambista e
figura ímpar da Portela. Para nós mortais, em busca das benesses espirituais
que o samba proporciona esse senhor é conhecido como Monarco.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Paguei as Brahmas, ainda com um olho espiando pra ver o
Neymar fazia uma graça, e fui embora, rumo ao Cultural Bar para participar de
mais um Ponto do Samba. Dessa vez, um especial Ponto do Samba de aniversário:
um ano do projeto que torna viva a mais nobre manifestação de nossa cultura
popular em Juiz de Fora.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjLT7fejq6Og5S7PgTHVvmGr6M1lLa3OxA_gijaHUOLisgE8PrhiFBoYqE0A4_9vtokg61HtJH6NkVNr9GQbNEECeyRYVSVPuG26MlYbBaP-joHH8WtIlU2RKohiau4bA3y56oDL1j9_6Ry/s1600/IMG4849.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjLT7fejq6Og5S7PgTHVvmGr6M1lLa3OxA_gijaHUOLisgE8PrhiFBoYqE0A4_9vtokg61HtJH6NkVNr9GQbNEECeyRYVSVPuG26MlYbBaP-joHH8WtIlU2RKohiau4bA3y56oDL1j9_6Ry/s320/IMG4849.jpg" width="240" /></a>Mas cabe aqui um parêntese lírico. O “Ponto” é antes de tudo a
representação do que eu mais acredito como caminho para o samba. O samba não
precisa de resgate nem de salvação. Precisa de espaços de encontro, bem
organizados, com boas condições para que os artistas se expressem e antes de
tudo com a possibilidade de que as diversas gerações e figuras possam circular
e se encontrar para ouvir, tocar e conversar. O “Ponto” cumpre essa função e mistura
todas as firmas. Sem dúvida nenhuma é uma das mais exitosas experiências que vi
nesse tempo que circulo pela cultura de Juiz de Fora.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Chego ao Cultural e preciso me valer de doses industriais de
cerveja para conter a expectativa do grande mestre. Mas o coração fica aliviado
quando o samba começa. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
No palco Roger Resende e Carlos Fernando Cunha comandam a
festa na companhia de Caetano Brasil, Júnior 7 Cordas, Daniel Manga, Fabrício
Nogueira e Mestre Jansen. O time é de primeira e joga com maestria.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Nada mais propício para marcar o início da festa do que o
samba “Agradecimento” de Roger Resende que imortaliza o recado: “prometo-te fidelidade/ó
samba serei sempre teu/até o final dos meus dias/graças a Deus”. Estávamos ali, casa cheia, “a grande família
do samba” formada. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Entre clássicos e composições autorais a noite se desenhou
perfeita. Feito o intervalo, faltavam alguns minutos para que o grande Mestre
Monarco aparecesse. Era inevitável certa ansiedade por parte da platéia.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Eis que surge, vestido de branco e de chapéu – alinhado e elegante como sempre – o convidado
especial da noite. Confesso que nesses momentos – de encontros com esses orixás
vivos – pouco consigo fazer. Passa pela minha cabeça, antes de tudo, um filme.
Penso na história de nosso povo que se mistura com a do samba e do carnaval.
Penso em como o samba é indiscutivelmente o maior arranjo que uma civilização
poderia constituir em todo planeta. Mas penso nas pequenas coisas, simples e
belas que ele nos propicia. A união de pessoas tão diferentes, de classes
diversas, de cor de pele, de sexo, de vidas cruzadas tão diferentes. </div>
<div class="MsoNormal">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjB-ZaL8sSL3nFEa02uI8vrytmmwk3uSbIJMyhn8W8ZhLeHPxSKGOYs8sLSk2dZz70eOLkmcDC7Ip1u72Yh_660WwK_x3XgkN0GyMgkt6IjsbboYNf4My9YaigC0vQ3teYk7BEgU7pgkeCA/s1600/IMG4870.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em; text-align: justify;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjB-ZaL8sSL3nFEa02uI8vrytmmwk3uSbIJMyhn8W8ZhLeHPxSKGOYs8sLSk2dZz70eOLkmcDC7Ip1u72Yh_660WwK_x3XgkN0GyMgkt6IjsbboYNf4My9YaigC0vQ3teYk7BEgU7pgkeCA/s320/IMG4870.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Vejo Monarco e lembro-me de Paulinho da Viola contando que
ainda jovem chegava tímido e acanhado na quadra da Portela e via aquela Velha
Guarda, carregada de história e bons sambas, levando em suas costas o peso de
um universo de arte e encantamento. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Penso em Casquinha, em Jair do Cavaco, Manacéia, Paulo e tantos outros.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Vejo Monarco e lembro-me de cada primeira faixa de samba que
ouvi – e constituí minha paixão avassaladora e incondicional – ainda na
infância, mexendo nos discos dos meus pais.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Com um sorriso belo e sereno estampado no rosto o mestre
cantou impecavelmente canções de sua autoria e de colegas. Não deixou e render
suas homenagens à Juiz de Fora ao falar de Mamão com sua “Tristeza pé no chão”
e de Geraldo Pereira com seu “Sem Compromisso”.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgWbsTNW8eVorEOUrtqFEw7NrKepzK7L_Hcjz2XD-EIi_75imo46MeGaKp88JZowTT79aoN9pJ83Xepq2zNkT4tpGIMDMTKS0pRYSByHjGAj6qGROdLzkgZdj63KbsWYlThfvUpiu3TfLhO/s1600/IMG4853.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em; text-align: justify;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgWbsTNW8eVorEOUrtqFEw7NrKepzK7L_Hcjz2XD-EIi_75imo46MeGaKp88JZowTT79aoN9pJ83Xepq2zNkT4tpGIMDMTKS0pRYSByHjGAj6qGROdLzkgZdj63KbsWYlThfvUpiu3TfLhO/s320/IMG4853.jpg" width="240" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
O sorriso que parecia não ter mais tamanho ficou ainda mais
bonito quando meu parceiro Carlos Fernando lhe deu a notícia ali – ao vivo e na
frente de todos nós – de que Serginho acabara de vencer as eleições da Portela
e Monarco tornara-se o presidente de honra desta instituição fundamental na
cultura brasileira. Seus olhos brilharam
e a frase veio retumbante:</div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i>- Acabou a ditadura na Portela!</i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O samba seguiu em ritmo de euforia. Talvez em poucos
momentos eu tenha visto uma sintonia tão perfeita. Éramos um sem número de figuras ali, em
harmonia de amizade e carinho, sob a batuta do samba.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Monarco se despediu em grande estilo da noite brilhante.
Mostrou força e felicidade de menino. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Eu fui embora ainda atônito. Milhões de pensamentos e notas
na cabeça, ecoando o sentido que o samba pode dar às nossas vidas. Um domingo onde
pessoas comuns escrevem a história do seu país no ritmo da batida do surdo. Um
domingo daqueles para renovarmos nossa convicção de que se há algo que pode
servir de lição para qualquer sociedade que se quer melhor, mais justa, mais
fraterna e solidária, esse algo, caros amigos e amigas, se chama samba.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Até a próxima, e axé!</div>
Unknownnoreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-6550034219526425998.post-6192913666384023982013-05-18T09:06:00.001-07:002013-05-18T09:06:17.786-07:00Por uma agenda Política para o governo Dilma<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgGSxluSJA2QDuGU4MSbP3WZNILVrXY3Xi3fqpcUWF4mvSJ8jY0ph1tBGel92sUEx1XrUJRiHCrUwL0bb2-FXQKFPr_jPRJVFJY-CbT2zbQvTF_V1UVbm6RfvmeBPenZRe5-W9U3O7xrCzp/s1600/presidente-dilma-rousseff-19-03.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="167" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgGSxluSJA2QDuGU4MSbP3WZNILVrXY3Xi3fqpcUWF4mvSJ8jY0ph1tBGel92sUEx1XrUJRiHCrUwL0bb2-FXQKFPr_jPRJVFJY-CbT2zbQvTF_V1UVbm6RfvmeBPenZRe5-W9U3O7xrCzp/s320/presidente-dilma-rousseff-19-03.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Se o governo Lula se destacou pela capacidade de reduzir a
pobreza e desigualdade no Brasil através de políticas sociais e de uma política
econômica que redimensiona o papel do estado brasileiro, o governo Dilma, dando
continuidade a muitas de suas medidas e iniciativas, consolidou no plano
econômico uma espécie de “neo-desenvolvimentismo” . Ainda que vejamos elementos de continuidade
virtuosa nesse processo, há que se compreender que certos “gargalos” políticos
seguem relevantes, como por exemplo, a ausência de uma reforma política que tem
como conseqüência a extrema dificuldade do PT, que encabeça o governo de
coalizão, em se livrar, ou mesmo ganhar
mais autonomia em relação ao tradicional jogo político das alianças que em
muitos momentos limitam as possibilidades de avançar em mudanças e reformas
mais amplas, que vão além da esfera econômica da sociedade.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
</div>
<a name='more'></a><br /><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Dentro da coalizão podemos perceber uma clara vitória e
avanço da concepção neo-desenvolvimentista, que tem como maior entusiasta, a
própria presidenta Dilma. Se por um lado tal concepção fortalece alguns
elementos de estado que podemos chamar de “progressistas” como por exemplo a
atuação do Banco central na redução de juros em favor da produção, o papel do BNDES no impulso de grandes
empresas nacionais e no spread bancário, por outro lado é notório que essa
concepção esbarra em alguns problemas que tento aqui em seguida organizar:</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O primeiro problema e mais gritante é que essa concepção
revela antes de tudo uma visão essencialmente “economicista” de sociedade. A
crença inefável de que um determinado avanço econômico é suficiente para
garantir outros avanços societários,
pode gerar alguns problemas quando tratamos de um governo que se
pretende de centro-esquerda já que muitas das medidas para promover o suposto
avanço econômico acabam esbarrando em medidas “liberalizantes” que a longo
prazo podem tornar inviáveis as transformações necessárias para a
(re)construção de um estado com maior capacidade estratégica. Se as empresas
tem papel fundamental nesse processo, por outro lado não se pode subestimar a
necessidade de que o estado assuma a frente da questão da transferência
tecnológica, seja da tecnologia em si, ou seja da tecnologia da gestão desse
desenvolvimento (algo que se tornou latente como no caso dos portos e
aeroportos brasileiros).</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Em segundo lugar, e fundamental para uma noção de processo
civilizatório, é importante pensarmos que um certo modelo de desenvolvimento,
muitas vezes parecido com uma releitura de modelos passados gera naturalmente
um efeito sobre a “sociedade de classes” no Brasil e a forma como essa relação
entre “capital e trabalho” (perdão pelas expressões empoeiradas) se constitui e
se resignifica. No meu entender a
tentativa de empreender um ciclo neo-desenvolvimentista tende a gerar uma
espécie de “emulação” de uma sociedade de classes que já se esgotou e não
promoveu a devida “libertação” e “ampliação de direitos” da antes chamada
classe trabalhadora (desta vez peço perdão por parecer pós-moderno). Mas é fato
que em uma sociedade onde as relações de pertencimento e associação se tornam
cada vez mais difusas, insistir em um modelo reverso gera menos “empoderamento”
aos cidadãos e cidadãs em seu cotidiano. O maior exemplo disso é a clara
ausência de uma agenda efetiva para LGBTs, que ao mesmo tempo que compõem o
setor que mais se organiza na sociedade brasileira e promove uma efetiva luta
pela igualdade e cidadania, são os que menos enxergam horizontes claros dentro
das políticas do atual governo.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
É óbvio que o desafio é imenso, já que não podemos também
aceitar o discurso fácil de que é possível promover avanços sem avançar na
economia, o que empreende uma gama de desafios como os problemas de
infraestrutura e investimento. Essas questões também podem ser qualificadas
como uma tarefa emergencial. Mas ainda sim precisam ser pensadas dentro de um
projeto mais qualificado de sociedade, o que por sua vez tem sido o grande
dilema histórico da esquerda brasileira. Pesa ao PT maior responsabilidade
sobre a tarefa de pensar esse processo pelo fato de que é o partido quem o lidera.
Ao mesmo tempo preocupa o fato de que o partido não assuma tal posição.
Assistimos uma espécie de “dissociação confortável”do partido das tarefas do governo no sentido de
articular, formular e cobrar. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
</div>
<div style="text-align: justify;">
Dilma precisa de uma agenda política que converta avanços
econômicos em avanços civilizatórios qualificados. A economia por si só é
incapaz de gerar bem-estar, essa é uma velha lição que os regimes de bem estar
social nos deixaram. Tal agenda representa não só o avanço de políticas
específicas mas também a necessidade gritante de que esse governo, que eu
apoio, tem de estabelecer elos efetivos (e por que não afetivos) com os
diversos setores da sociedade que emergem, se transformam cada vez mais e
esperam esse posicionamento traduzido em ações.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E não esqueçamos, (perdão pelo pragmatismo) as eleições estão chegando.</div>
<br />
Unknownnoreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-6550034219526425998.post-56225448621769089792012-10-04T22:36:00.002-07:002012-10-04T22:37:35.400-07:007 de outubro: Juiz de Fora e a chance do reencontro<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiSz0sm1fS-pzsTGLls9C-2SjsLnFcBzmSygvUllchaKHGQ5i1_GbgZVmKQcISwYd8Ku_h1W3dQCTCo46N8dIXZDmu1eAyuPye5Y8n4TOdgsWW_H5_ws1BXN2_RpZM5bjd0OgyimJW9tGvJ/s1600/545510_308701049237161_1329168686_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiSz0sm1fS-pzsTGLls9C-2SjsLnFcBzmSygvUllchaKHGQ5i1_GbgZVmKQcISwYd8Ku_h1W3dQCTCo46N8dIXZDmu1eAyuPye5Y8n4TOdgsWW_H5_ws1BXN2_RpZM5bjd0OgyimJW9tGvJ/s400/545510_308701049237161_1329168686_n.jpg" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Desde sempre era uma moça cheia de sonhos. Estudou Letras e assim como os bons de sua geração combateu a ditadura militar, lutando por democracia e justiça social numa época que sonhar poderia ser sinônimo de condenação a morte.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A moça tornou-se uma mulher e ainda mais capacitada, permaneceu nas lutas e sonhos, por que afinal, "sonhos não envelhecem". Viveu para a política, mas não viveu da política. Seguiu em sua ambição de contribuir para uma sociedade melhor e ao mesmo tempo tornou-se uma das mais respeitadas profissionais de sua área em todo Brasil.</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<a name='more'></a><br />
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Foi secretária municipal com ideias a frente de seu tempo. Uma reitora reconhecida pela sua capacidade de promover uma universidade ao seu devido lugar de reconhecimento em tempos que a educação pública era maltratada por muitos que ainda hoje aí estão.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E quando veio Lula, ela agarrou a oportunidade e promoveu ainda mais transformações na universidade.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Disputou a eleição de 2008 e independente de resultados, saiu vitoriosa pois acendeu uma chama de esperança no coração de uma cidade ao mostrar que era possível fazer política de forma qualificada, com propostas concretas e apoio de uma aguerrida militância. Não é a toa que na eleição seguinte, em 2010, para deputada federal, obteve a maior votação da história de Juiz de Fora.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Hoje, essa mesma mulher que acendeu essa chama, retorna mais preparada, mais forte, com ainda mais apoio de milhares daqueles que assim como eu conservam como princípio o sonho de uma cidade justa, fraterna e mais solidária.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Seguindo o mesmo caminho de determinação de Lula e Dilma, na expectativa da transformação social e política. Para inverter as prioridades e efetivamente fazer Juiz de Fora se reencontrar com seu melhor espectro.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Neste domingo a cidade tem a chance de promover esse reencontro. A cidade que tem como pioneiros seus operários e operários, negros e negras recém-libertos que ajudaram a construir uma história de riqueza cultural e material e fazer dessa terra algo tão ímpar. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A cidade de Nava, Mendes, João Cardoso, Nelson Silva, a cidade de pessoas que como nós, muitas vezes anônimos, erguem com a força dos sonhos um futuro promissor. A cidade que se estende para além do Calçadão da Rua Halfeld e desemboca nos mais belos subúrbios, que muitas vezes esquecidos, seguem fortes e resistentes em sua sociabilidade, fraternidade e força.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Essa é a Juiz de Fora que aguarda o domingo, 7 de outubro de 2012, para reencontrar seu caminho de prosperidade e força. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Não há mudança do outro lado. Do lado de lá estão aqueles que nos últimos anos, na maior parte do tempo juntos, foram responsáveis pelos momentos de desesperança da cidade.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A desesperança de ver nosso povo desassistido. De ver nossos jovens negros das periferias da cidade morrerem prematuramente, na maioria das vezes pela falta de oportunidades. De ver nossos educadores ganharem tão mal e ainda sim exercerem suas funções de forma tão brilhante. De ver mães pobres que muitas vezes não estão incluidas no mercado de trabalho pela falta de creches. De ver nossos jovens talentos irem embora da cidade pela falta de trabalho de qualidade. De ver a cidade que sempre emanou cultura e liberdade parecer tão mitigada em meio a um clima de cabeça baixa e falta de criatividade.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A mudança está aqui, desse lado. Encabeçada pela mulher que ainda sonha como sonhava a moça, que desde sempre esteve ao lado do povo brasileiro em todas as suas mais nobres lutas. Que traz consigo os aliados que sempre estiveram do lado do povo.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
É a chance de nossa Juiz de Fora voltar a ser uma Juiz de Fora querida.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Vamos voltar a sorrir. Vamos eleger Margarida Salomão prefeita de Juiz de Fora!<br />
<br />
Leia também:<br />
<br />
<h3 class="post-title entry-title">
<a href="http://www.vinniciusmoraes.com.br/2012/10/aos-que-sonham-e-lutam-por-juiz-de-fora.html">Aos que sonham e lutam por Juiz de Fora</a></h3>
</div>
Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6550034219526425998.post-6811095371469896942012-09-25T07:26:00.000-07:002012-09-25T07:47:32.701-07:00Juiz de Fora "proibidona"?<h4 style="text-align: justify;">
Bailes <i>funk, raves</i>, música nos bares e até mesmo um charmoso café na lista?</h4>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O espaço da urbe é das pessoas. Ao menos deveria ser assim. As ruas, as calçadas, as praças, os parques. Seja noite ou seja dia, a cidade deveria ser feita para as pessoas viverem, circularem, se encontrarem. A mobilidade, as possibilidades de vivência, são fundamentais para o tão sonhado bem-estar.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Nos últimos anos, porém, temos assistido em Juiz de Fora um retrocesso. Algumas proibições atingem justamente a possibilidade de lazer e cultura em nossa cidade.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
<a name='more'></a><br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Eu já havia tratado <a href="http://tiagorattes.blogspot.com.br/2011/03/da-proibicao-de-festas-e-outras-formas.html" target="_blank">do tema anteriormente</a> quando da proibição de uma festa rave na cidade, em uma época que também sofria com a proibição os bailes funk no centro da cidade.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
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<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
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<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Eis que nos últimos dias assistimos a movimentação aguerrida dos músicos da cidade contra a constante proibição de seu exercício de trabalho através da música ao vivo em bares da cidade.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiY4YFpDqp7LLKhgIAquQTmMgteZOLyG2VeQSOdgctAZ1qgWR5M-wb9oyiG_QZsqJa0QX5HqXM6rvmdzjl9ggDrQtpNBDBYEnFkAdqPvgqOXtoRlpkO7v7XSvp1WVtlrHEkUzLDxXcP7Sw2/s1600/musicosII.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="82" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiY4YFpDqp7LLKhgIAquQTmMgteZOLyG2VeQSOdgctAZ1qgWR5M-wb9oyiG_QZsqJa0QX5HqXM6rvmdzjl9ggDrQtpNBDBYEnFkAdqPvgqOXtoRlpkO7v7XSvp1WVtlrHEkUzLDxXcP7Sw2/s640/musicosII.JPG" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Tribuna de Minas</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Sabemos que toda cidade tem regras, estabelecidas em código de posturas, lei orgânica e até mesmo o código civil que rege a todos nós nesse sentido. Porém quando a letra fria da lei vale mais que o bom senso, a regulação e o diálogo, acabamos nos perdendo na escuridão da proibição automática.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A declaração sóbria e correta de meu amigo Fred Fonseca a Tribuna de Minas no dia 13 de setembro é esclarecedora:</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<blockquote class="tr_bq">
"Não temos o objetivo de desrespeitar a comunidade. Sabemos que há
formas de isolamento acústico e equipamentos com potência adequada que
possibilitam o bem-estar dos moradores. Se a música é o fator principal
do estabelecimento, ela deve ser tratada com respeito pela casa, e,
quando isso acontece, o frequentador daquele local entende a proposta e
vai ali para apreciar as canções apresentadas. Lutamos para que seja
feita uma revisão no processo de aquisição dos alvarás".</blockquote>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Ora, os músicos são trabalhadores da cultura, que levam entretenimento e arte a população nesses espaços. Deveria ser prioridade de uma cidade que quer promover o bem estar, efetuar um diálogo qualificado com eles, não é?</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A cidade vive um momento ímpar na música. Inúmeros artistas excepcionais, compositores de grande qualidade, eventos ocorrendo, a exemplo do Encontro de Compositores que reúne diversas gerações, discos saindo. Me parece um equívoco que o diálogo não seja a prioridade. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<h3 style="text-align: justify;">
Patrimônio para quem? </h3>
<h3 style="text-align: justify;">
</h3>
<div style="text-align: justify;">
Ontem ao visitar o Espaço Café Central, aquele que fica em uma das galerias laterais do belo Cine Theatro Central, fui convidado a assinar uma petição contrária a restrição da colocação de mesas naquele local. <a href="http://www.tribunademinas.com.br/cultura/polemica-no-cafe-central-1.1160241" target="_blank">Reclamações dirigida</a>s à Comissão Municipal de Preservação do Patrimônio (COMPAC) e repassadas a SMAU, que notificou o estabelecimento, são o motivo.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Como historiador, e estudioso do patrimônio, me causa estranheza tal medida. Na minha opinião é justamente a presença desse café que ajuda as pessoas a prestarem a atenção nesse belíssimo prédio, tão importante para a história e cultura de nossa cidade. É nele, e no estabelecimento vizinho, que as pessoas se integram com o patrimônio, tornando-o vivo, efetivamente público.<br />
<br />
Se existem reclamações por parte da população, por que não ampliarmos a discussão pública sobre tal fato? </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O Central sofre com pichações, esse é o verdadeiro problema. O que tem sido feito para evitar esse tipo de deterioração?</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Mais uma vez, me parece que a falta de diálogo faz com que órgãos competentes ajam desprendidos da realidade. Prefeitura, câmara, associações, empresários, sociedade civil e Ministério Público precisam conversar, interagir. Do contrário, só perdemos.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Juiz de Fora é uma cidade que merece ser viva, plural, pulsante em sua cultura e vivência. Não podemos deixar que ela se torne, como a cidade de São Paulo, famosa pelas proibições, uma Juiz de Fora "proibidona".</div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6550034219526425998.post-20928497205856556552012-09-19T13:43:00.000-07:002012-09-19T13:44:58.593-07:00Uma análise do debate da TV Alterosa - por Renan Porcaro de Bretas<!--[if gte mso 9]><xml>
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<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><i>O texto que segue foi publicado originalmente pelo Renan em sua página no Facebook, ele gentilmente permitiu que eu reproduzisse aqui aos leitores do Política Revisitada. De forma profunda e descontraída ele trata do debate e mostra por que Margarida foi a melhor. </i></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<div style="text-align: left;">
</div>
<br />
<br />
<div style="text-align: left;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjDlXKFIIz_6GROGsfbD7Yg389lndB3g1sxw2umkCHAzzPLzakYs618QfRJLJ0gPkgrN0ICMa9H2cG-dfehFZA6b0_uWMo7LQh4ywfKE54V9Jm0Gnul6IvcocLTUGekohJwXjwAUWcXdUZM/s1600/renan.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjDlXKFIIz_6GROGsfbD7Yg389lndB3g1sxw2umkCHAzzPLzakYs618QfRJLJ0gPkgrN0ICMa9H2cG-dfehFZA6b0_uWMo7LQh4ywfKE54V9Jm0Gnul6IvcocLTUGekohJwXjwAUWcXdUZM/s1600/renan.jpg" /></a></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt;">Após
assistir o debate da TV Alterosa entre os candidatos à prefeitura de Juiz de
Fora, eu reforço o meu voto e meu apoio à Professora Margarida Salomão. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><br />
Já no primeiro bloco, enquanto via o Custódio perder a noção do ridículo quando
disse que Juiz de Fora cresce apesar do decréscimo da economia brasileira (em
que Brasil ele vive?) e Bruno, que apoiava a gestão de Custódio ("homem
moderno e honesto") dizer que é contra o aumento abusivo do IPTU, também
não deixei de ficar com uma das primeiras frases da Margarida na cabeça:
"Mudança com substância, não só de nomes e rostos." Comecei
ali a desconfiar que esse debate mostraria para Juiz de Fora quem é quem nessa
eleição.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt;"><br style="mso-special-character: line-break;" />
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Partindo
para a segunda etapa, quando perguntada sobre o comércio e prestação de serviços
(atividades de maior importância na economia juiz-forana), a petista foi
objetiva e clara: É preciso tornar a infraestrutura urbana das áreas de
comércio tão atrativa quanto a oferecida nos shoppings. E o mais importante:
Repensar a política fiscal para os comerciantes e prestadores de serviço da
cidade. Já o Bruno enrolava como quando se faz em questão de prova se cai
matéria que a gente não estudou: "Estimular", "Dedicar"...
Mas proposta que é bom, ação concreta, solução... Necas! O Custódio já pegou o
primeiro pepino: Segurança pública. Como velha raposa que é, matou no peito e
chutou de voleio a responsabilidade pro desgoverno de Minas (que fanfarrice com
seu amigo Anastasia, hein?), também reduzindo a questão a equipamentos e
construção disso e daquilo (que convenhamos, no final das contas ele não faz). <br style="mso-special-character: line-break;" />
</span></div>
<a name='more'></a><br style="mso-special-character: line-break;" />
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">No
terceiro bloco, a minha amiga Margarida veio me lembrar o que aposto que muitos
de nós esquecemos: Juiz de Fora tem museu! É! Lembra do Museu Mariano Procópio?
Pois é, aquele maravilhoso que não foi reaberto nunca mais. A Margarida também
falou da importância de fomentar a cultura nos bairros (as rádios comunitárias,
os hip hopers, artistas de rua, melhorar o acesso aos locais de cultura da
cidade). Bruno e Custódio começaram nesse bloco a trocar farpas quando o tema
era segurança: Um por não saber nem por onde começar a pensar o problema, e o
outro por ter tido tantos anos para fazer e tão poucas ações realizadas na
área. Enquanto isso a nossa querida torcedora do Botafogo nadava de braçada quando
defendia a tão incômoda (para os tucanos) questão do respeito ao piso salarial
do magistério, e ainda começava a falar sobre algo importantíssimo que ela
aprofundaria mais tarde: O aproveitamento do tempo do aluno da escola municipal
no horário fora das salas de aula para atividades de lazer, cultura e apoio
escolar.<br style="mso-special-character: line-break;" />
<br style="mso-special-character: line-break;" />
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Chegou o
quarto bloco, as risadas com o doidão do Paschoalin continuavam e ali eu já
passei a conhecer melhor e admirar duas outras figuras do debate: Victória Melo
que, mesmo timidamente, falou muito bem da falta de valorização do educador e
definiu brilhantemente a saúde pública de Juiz de Fora: um nervo exposto; e
Laerte Braga que além da clareza de seus ideais, não perdeu a chance de dar uma
zoada no Custódio quando ele disparou que "forças ocultas" o
impediram de implantar um plano de desenvolvimento do transporte público (já
eram duas e caralhada da manhã, maior silêncio, tudo escuro... Confesso que a
parada das forças ocultas me deixou com medo). </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Também vi
o prefeito tocar em obras viárias, coisa que ele deveria ter sido orientado a
nem pensar em falar, tamanha a cara de pau que é ter prometido pontes, viadutos
e nada entregar. Voltando a citar a professor Victória Melo, foi realmente
constrangedora a saia justa em que o prefeito ficou quando a candidata lembrou
da guerra travada pela PJF contra os educadores que reivindicavam que a
prefeitura cumprisse o piso nacional fixado em lei. <br style="mso-special-character: line-break;" />
<br style="mso-special-character: line-break;" />
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Ainda vi
no quarto bloco quando a Margarida deu uma aula ao candidato Bruno sobre o que
é o programa de economia solidária (lembrando-se da incubadora de cooperativas
da UFJF, que deu força ao nascimento de entidades como ASCAJUF e COOPDEF) e
ele, sem entender muito bem, repetiu oito vezes (contadas pela Regina) a
palavra “programa” e ainda assim não ligou “lé com cré”. Bruninho, quer saber
mais? Google it! Estuda melhor o nosso programa na próxima, rapaz! Mas nem tudo
foi saia justa e sorriso amarelo do Bruno e do Custódio. Ainda veio o melhor
momento do debate: O diálogo entre Margarida Salomão e Laerte Braga sobre o
ensino de tempo integral. Prestem bem atenção! Pesquisem! Que outro candidato
teria a boa memória e a sensibilidade com a educação de qualidade de citar e
ter como referência os Cieps de Brizola e Darcy Ribeiro a não ser a Margarida? <br style="mso-special-character: line-break;" />
<br style="mso-special-character: line-break;" />
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Que todos
possam, nessas quase duas semanas restantes antes da eleição, fazer uma
profunda reflexão sobre o que queremos para o futuro da cidade. Queremos mesmo
o jeito PSDB de governar? Esse é o jeito do Custódio, do desgoverno mineiro, do
FHC... Ou será que a gente quer para Juiz de Fora a forma petista de Lula de
governar? Será que jovialidade por si só é sinônimo de mudança? Será que um
político com cara de bonzinho, herdeiro de raposa velha e com ideias vagas e
vazias pode mesmo governar? Para vocês que viveram ou estudaram a história do
Brasil, esse rapaz não lembra um pouco o Collor, não? Enfim... Existe uma
candidata e um programa de governo, prontos para um novo tempo, para um estilo
completamente novo de se administrar Juiz de Fora. Eu voto 13. Eu voto na educação,
voto na honestidade, voto no transporte público de qualidade, eu voto na saúde,
voto na segurança, voto em mais oportunidades e perspectivas para os jovens
desta cidade. Voto em um novo futuro para a cidade em que nasci e me criei. Eu
voto em Margarida Salomão, porque agora é a vez de todos</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt;">Renan Porcaro de Bretas é acadêmico do Curso de Direito da UFJF </span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
Unknownnoreply@blogger.com11tag:blogger.com,1999:blog-6550034219526425998.post-71203496796793308162012-08-24T07:50:00.000-07:002012-08-24T07:50:00.676-07:00A tentativa de negar o que não pode se negar <!--[if gte mso 9]><xml>
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<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"></span></div>
<h3 class="MsoNormal" style="font-family: inherit; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: inherit;">No período eleitoral assistimos a tentativa de desqualificar adversários em detrimento da possibilidade de defender a atual gestão</span></span></h3>
<div class="MsoNormal" style="font-family: inherit; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: inherit; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiZ7BgS7QljUZRzNRsiMNp_g4W1h4zIPR_TWSoeCop6J85ZrVmN_sbbwshSgr8KwI2zlpp8SObCYykb9QmLXSebNbtpsJFDCxRws2mpSukm_c7GMNjRS4-Pcgbmy-5A9SITOyhZgPXIqljA/s1600/margarida13.bmp" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="180" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiZ7BgS7QljUZRzNRsiMNp_g4W1h4zIPR_TWSoeCop6J85ZrVmN_sbbwshSgr8KwI2zlpp8SObCYykb9QmLXSebNbtpsJFDCxRws2mpSukm_c7GMNjRS4-Pcgbmy-5A9SITOyhZgPXIqljA/s320/margarida13.bmp" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: inherit; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">Nesse período eleitoral
em Juiz de Fora, observei algo interessante. Os grupos têm buscado defender
suas candidaturas através das redes sociais, abordando os elementos que acham
importantes para essa discussão. Em tese, um momento como esse é de apontar,
antes de tudo, as razões pelas quais se escolhe um candidato e, junto disso,
também dizer por que não se vota em outros.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: inherit; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: inherit; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">É natural que, tendo no
pleito um candidato à reeleição, como no caso de Juiz de Fora, sua gestão será
sempre avaliada de forma central. Não há nada de estranho nisso. Foi prefeito,
quer ser de novo, será avaliado por isso.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: inherit; text-align: justify;">
<br /></div>
<a name='more'></a><br />
<div class="MsoNormal" style="font-family: inherit; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">Como todos e todas
sabem, sou partidário de primeira hora da candidata Margarida Salomão, por
razões apontadas anteriormente nesse mesmo blog.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: inherit; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: inherit; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">Uma das razões que
aponto é sua capacidade de gestão e experiência. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: inherit; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: inherit; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">Em alguns "debates", é comum ouvirmos o argumento conservador que reflete uma
visão – na minha opinião – limitada sobre política: “Ela não tem experiência”.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: inherit; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: inherit; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">Reparem que o mesmo argumento era utilizado contra Lula e posteriormente contra Dilma. Ambos venceram e promoveram/promovem uma grande transformação no Brasil.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: inherit; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: inherit; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"></span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: inherit; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"></span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: inherit; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"></span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: inherit; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="mso-spacerun: yes;"></span>Me pergunto, portanto, o que eu devo
considerar como experiência.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Esse
argumento da experiência é facilmente rebatido. Estamos falando de uma mulher
que tem décadas de história de participação e luta política, vida partidária, atividade
intelectual, uma mulher que foi secretária municipal e reitora por duas vezes
de uma das principais universidades do Brasil.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: inherit; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: inherit; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">A falácia da tentativa
de negar o que não se pode negar é devolvida em outro formato: “mas o que ela
fez pela UFJF?”</span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: inherit; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: inherit; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">É público e notório que,
à frente da UFJF<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>- uma instituição que
gere mais recursos que muitos municípios mineiros - Margarida Salomão promoveu
transformações enormes. Correndo o risco de me tornar repetitivo: <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">ampliação de cursos </b>diurnos e noturnos,
implantação do <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">PISM</b>, a adoção do
sistema de <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Cotas</b> ainda em 2004, a
criação do <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Curso Pré-Vestibular
Comunitário</b>, o <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Programa de
Universalização da Língua Estrangeira</b>, a criação do a ampliação estrutural
e reformas como as que originaram o novo prédio da reitoria, o <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Museu de Arte Moderna Murilo Mendes</b>, a <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Casa de Cultura</b>, a <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Casa de Parto</b>, a <b>elevação do HU-UFJF a hospital de ensino</b>, a
construção do <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">novo Hospital
Universitário (HU/CAS)</b>, um dos mais modernos do país, construído, equipado
e inaugurado. Todas essas realizações são grandiosas. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: inherit; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: inherit; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">Mas eu destacaria algo
que para muitos passa despercebido: depois de sua gestão a UFJF tornou-se
efetivamente uma universidade, robusta em sua missão de promover <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">ensino, pesquisa e extensão</b>.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: inherit; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: inherit; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">Cabe dizer mais uma
vez: tudo isso em tempos de governo FHC, quando as universidades passavam
dificuldades pela falta de recursos.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>E
ainda que tenha tido a oportunidade de administrar a UFJF no período de Lula (o
que rendeu belas parcerias e projetos como o novo HU/CAS), ainda não tínhamos o
REUNI, que permitiu, nos últimos anos, uma grande ampliação da universidade.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: inherit; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: inherit; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">A prova do
reconhecimento ao seu trabalho veio com a expressiva votação de 2008, com <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">48% dos votos</b>, e em 2010, com a votação
histórica recebida na eleição para deputada federal, com <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">mais de 66 mil votos</b>. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: inherit; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">Esse reconhecimento
quem lhe deu foi a própria população de Juiz de Fora, que percebe o papel
fundamental que ela desempenha na política local. Que conhece seu trabalho, sua
atuação e militância política. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: inherit; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: inherit; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">Há os que queiram negar
esse reconhecimento, e indiretamente, subestimar e até mesmo desfazer da
inteligência do povo que nela deposita sua confiança. Mas não se pode apagar o
que está escrito na história de uma cidade com ações, luta e dedicação. A
posição que ela ocupa, referendada pelos resultados anteriores das urnas e
agora pelas pesquisas eleitorais, é fato consolidado.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: inherit; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: inherit; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">Talvez por isso só reste
aos adversários buscar desqualificá-la, ao invés de reconhecer e exaltar sua <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>história e suas realizações.</span></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6550034219526425998.post-62867884209563322132012-08-01T13:11:00.001-07:002012-08-01T13:11:45.234-07:00Participação Popular: um caminho urgente em busca de uma JF para todos<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Podemos afirmar que três fatores são fundamentais para o
desenvolvimento de um <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>município:
<b>planejamento, transparência e participação.</b> Nesse momento me atenho ao terceiro
tema, que considero muito caro ao momento político que vivemos na cidade de
Juiz de Fora.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Lembro-me constantemente das palavras do então candidato e
hoje prefeito, <b>Custódio Mattos em campanha no ano de 2008.</b> Na época afirmava
que caso eleito <b>“radicalizaria a democracia”</b> na cidade. Eleito foi, e as
palavras ficaram ao vento.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Infelizmente não vimos nos últimos anos na cidade nenhuma
iniciativa que visasse aproximar o cidadão comum do centro das decisões
municipais.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<a name='more'></a><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
É consenso entre grandes expoentes da tradição democrática
no mundo de hoje que a democracia representativa precisa ter uma convivência
efetiva com a democracia participativa. Não se trata da substituição de uma
pela outra e sim da combinação eficiente e complementar das duas modalidades.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Não basta apenas convocar os cidadãos e cidadãs a participar
da política apenas nas eleições. É necessário trazê-los para o debate efetivo
sobre os serviços, bens e recursos públicos.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A participação popular não se resume a um mero enfeite ou
detalhe. Através dela ampliam-se os canais de fiscalização do poder público, “empodera-se”
os atores e desta forma promovemos uma gestão mais clara, eficiente e cidadã.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A ousadia de uma gestão que promove a participação popular
está justamente em promover uma cidade politizada, viva e forte. Significa
construir um novo olhar da população sobre ela mesma, onde de forma coletiva
somos chamados a atuar e participar.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A democracia participativa, portanto, é um instrumento
viabilizado pelo poder público mas antes de </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
tudo é ferramenta entregue a
sociedade civil, que tem liberdade, força e independência para atuar,
questionar e se organizar.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Nas eleições deste ano em Juiz de Fora, poderemos escolher
ou não o caminho da participação.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Em compromisso claro e expresso, registrado no TRE, a
candidata <b>Margarida Salomão</b> dá um destaque ímpar a participação popular e
compromete-se claramente com a implantação do Orçamento <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>e Planejamento Participativo na cidade (cabe lembrar que a experiência do OP começou a ser
implantada na cidade durante a gestão de Tarcísio Delgado mas não foi levada a
frente por seus sucessores). </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgRGfVeUdROTH-AXpGKJD4PG4qFvrT6Ce2_5h06tE1eR8WqxdluG1Kqhc1gd5DSeXiWMzaRq45wWgbx3ObXyo-NYhmEftGVU902rpbcRjlqEdjus1x8feHTkBnUXM23IovMAjNKp8gSWlha/s1600/2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="288" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgRGfVeUdROTH-AXpGKJD4PG4qFvrT6Ce2_5h06tE1eR8WqxdluG1Kqhc1gd5DSeXiWMzaRq45wWgbx3ObXyo-NYhmEftGVU902rpbcRjlqEdjus1x8feHTkBnUXM23IovMAjNKp8gSWlha/s400/2.jpg" width="400" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgmpjLHQLIWO2Cyy8cWPYYffyXgU5_Qdu50adBcsrz-4CfhA3scPCcw7QPQ_SbxcHY4CFLClyRf4cL2DQiyO4nGWetZw6HudPuaRuKBaiwV-WoFrcy_cfivVTawMxbKxOsmE5RqRb9VNrWa/s1600/eixo2margarida.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="570" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgmpjLHQLIWO2Cyy8cWPYYffyXgU5_Qdu50adBcsrz-4CfhA3scPCcw7QPQ_SbxcHY4CFLClyRf4cL2DQiyO4nGWetZw6HudPuaRuKBaiwV-WoFrcy_cfivVTawMxbKxOsmE5RqRb9VNrWa/s640/eixo2margarida.JPG" width="640" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Cabe dizer que experiências no Brasil demonstraram o quanto
a implantação do OP pode ser fundamental para o desenvolvimento local. Um dos
casos mundialmente reconhecidos é o de Porto Alegre, durante a gestão do
Partido dos Trabalhadores.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<blockquote class="tr_bq" style="font-family: inherit;">
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 10pt; line-height: 115%;"><span style="font-size: small;">Através do Orçamento Participativo, desenvolvido durante
16 anos, a cidade de Porto Alegre é considerada internacionalmente um exemplo
de oposição ao modelo neoliberal. Uma parcela significativa do seu orçamento é
subordinada a um intenso processo de discussão e deliberação, no qual a
população participa e decide sobre os projetos de investimento público da
cidade. Se em 1988, em função do alto endividamento, apenas 2% do orçamento
estavam disponíveis para investimentos, em 2003 estes passaram a somar 20% dos
recursos, cuja destinação foi decidida diretamente pela população, cuja
participação vem crescendo progressivamente e constitui um processo de construção
da consciência política.(<a href="http://www.espacoacademico.com.br/043/43andrioli.htm" target="_blank">ANDRIOLI, 2004</a>)</span></span></div>
</blockquote>
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Outro caso de êxito é o da cidade de São Bernardo do Campo,
onde além das plenárias regionais lotadas, sempre com a presença do prefeito,
inúmeras obras tem sido realizadas constituindo uma cultura participativa na
cidade, propiciando desenvolvimento social e econômico.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/KklvScUSco4?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Em Belo Horizonte o orçamento participativo foi implantando
por Patrus Ananias. Ampliado e aperfeiçoado por seus sucessores, Célio de
castro e Fernando Pimentel. Por lá, a grande novidade foi a implantação do
Orçamento Participativo Digital, onde a população pode utilizar a internet para
eleger as prioridades de investimentos públicos.</div>
<div style="text-align: justify;">
<blockquote class="tr_bq">
<br />
<span style="font-size: small;"><strong>Quem Participa: </strong>o Orçamento Participativo Digital oferece
aos cidadãos maiores de 16 anos, com domicílio eleitoral em Belo Horizonte,
mecanismos diferenciados de escolha dos empreendimentos do Orçamento
Participativo. Iniciado em 2006 através da escolha pela internet, em 2008, agregou mais um
meio de votação, o telefone, visando assim incorporar e envolver novos atores
aos processos decisórios da cidade, trabalhando o conceito de coletividade e
priorização de grandes obras, ou seja, o planejamento das intervenções públicas
na cidade.<strong> Objetivos da criação do OP Digital:</strong>
ampliação da participação
popular na gestão da cidade, consolidando assim as práticas de governança
participativa, utilizando transparência, inclusão social, consciência cidadã e
novas tecnologias e eleger obras estruturantes para a cidade, fomentando a
visão global deste território. No <strong>OP Digital 2006</strong> foram eleitos nove empreendimentos no valor
de R$ 20.250 milhões, que corrigidos para 2008, pelo IGP-DI, equivalem a R$
24.775.875,00. Para a obra vencedora do <strong>OP Digital 2008</strong> foram
aprovados R$ 39 milhões. (Fonte <a href="http://portalpbh.pbh.gov.br/pbh/ecp/comunidade.do?evento=portlet&pIdPlc=ecpTaxonomiaMenuPortal&app=portaldoop&tax=17241&lang=pt_BR&pg=6983&taxp=0&">aqui</a>)</span></blockquote>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
É revelador o fato de que o<b> atual prefeito (PSDB) sequer
menciona</b> o tema em seu compromisso de campanha deste ano. O segundo colocado
nas pesquisas, o deputado <b>Bruno Siqueira</b> <b>(PMDB) também se furta desse
compromisso. </b></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O candidato Laerte Braga (PCB) traz em seu compromisso a referência ao
orçamento participativo:</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<blockquote class="tr_bq">
<div style="text-align: justify;">
<blockquote class="tr_bq">
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: LiberationSans; mso-bidi-font-family: LiberationSans; mso-fareast-language: PT-BR;">Promover
o Orçamento Participativo e a criação de canais institucionalizados deintermediação
entre a população e o poder público no processo de alocação de recursos
públicos alterando a forma de elaboração dos orçamentos públicos, reduzindo
a participação do Legislativo, inibindo a utilização do orçamento como clientelismo
e aumentando o controle social.</span></div>
</blockquote>
</div>
</blockquote>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Juiz de Fora tem mais uma vez a chance de escolher o caminho que quer trilhar:
<b>se quer permanecer alijando sua população das decisões ou se quer abrir um novo
caminho de participação efetiva, democratizando a cidade</b> e tornando seus
recursos transparentes e a serviço do interesse direto dos cidadãos e cidadãs
que sustentam a cidade com seus impostos. Por sua história como gestora, pelas
experiências de seu partido, Margarida mostra-se a mais capacitada e
compromissada com essa tarefa.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
p.s: aos que tem interesse em comparar as propostas e ações relativas a saúde por parte dos candidatos, sugiro o excelente texto do blogueiro Vinnicius Moraes:</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<h3 class="post-title entry-title" style="font-family: inherit;">
<span style="font-size: small;"><a href="http://www.vinniciusmoraes.com.br/2012/07/saude-propostas-candidatos-prefeitura-jf.html">Saúde - conheça e compare propostas (e ações) dos candidatos à Prefeitura de Juiz de Fora</a></span></h3>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>Unknownnoreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-6550034219526425998.post-26525953311175015202012-07-21T07:16:00.000-07:002012-07-21T07:16:20.225-07:00Por que eu voto em Margarida<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjJQuXbiveaJGGpd6zAVs94fY0lnKI83Kc47F9vyGLwUoVeCnjXrCXK4TqtqmTmn7k_BngRf9BEGoub1idz8xHrh5NN5eJbMaLzYGNKP2LKilwDSb2NGFZ-dnRBzLhBgQ7nrg4xlPk3n5a2/s1600/magie.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjJQuXbiveaJGGpd6zAVs94fY0lnKI83Kc47F9vyGLwUoVeCnjXrCXK4TqtqmTmn7k_BngRf9BEGoub1idz8xHrh5NN5eJbMaLzYGNKP2LKilwDSb2NGFZ-dnRBzLhBgQ7nrg4xlPk3n5a2/s1600/magie.jpg" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
Neste sábado, dia 21 de julho de 2012 inicia-se uma marcha democrática e popular na cidade de Juiz de Fora. Uma marcha com a marca da mudança.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Hoje é dia de Margarida Salomão e seu vice, Maranhas, amparados por uma coligação forte representada por partidos que apoiaram o governo Lula e apóiam o governo Dilma, apresentarem para Juiz de Fora um caminho novo, pautado pelo debate profundo, pela participação e pela democracia.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A cidade anda cabisbaixa. Serviços básicos como saúde e educação andam a mercê dos interesses menores. Perdemos o horizonte do planejamento estratégico, do desenvolvimento sustentável, do bem-estar e da participação popular.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Infelizmente nossa cidade anda tomada pela violência urbana, pela ausência de horizonte para sua juventude e sua classe trabalhadora.</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<a name='more'></a><br /><br />
<div style="text-align: justify;">
O funcionalismo público, epicentro de qualquer mudança e desenvolvimento, está desestimulado e desvalorizado. Vide as greves de professores e médicos, que na cidade trabalham em péssimas condições e tem salários baixíssimos.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Não acredito em soluções milagrosas. Acredito em trabalho duro e capacidade de gestão plural e democrática.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
É por isso que confio meu voto e ofereço minha militância a Margarida Salomão.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Por sua história de lutas políticas desde períodos sombrios da ditadura militar, tanto como estudante universitária como docente.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Por sua história como gestora pública diferenciada. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Por sua história ímpar e marcante como reitora da UFJF, quando em tempos de neoliberalismo e abandono da universidade pelo governo FHC, foi capaz de montar uma equipe forte e competente e elevar a UFJF a condição de uma grande universidade pública. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Seja através de obras de infraestrutura, na ampliação da pós-graduação, do número de professores doutores, da inserção da universidade no desenvolvimento regional através do CRITT, da contribuição incontestável a cultura da cidade através do Museu de Arte Moderna Murilo Mendes, da Casa de Cultura e do Fórum da Cultura. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Seja através da inserção social da universidade através da pesquisa e extensão, da implantação das cotas, das inúmeras batalhas para garantir bolsas de assitência estudantil e pela qualidade e preço da alimentação através do restaurante universitário.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Por seu amor a essa cidade, eu me identifico com Margarida.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Pessoa de sensibilidade política e social incrível, de inteligência múltipla, de compromissos com a resolução de dilemas da população brasileira que atravessam sua história.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Margarida, com toda sua bagagem e história se preparou mais uma vez para, junto do PT e dos partidos aliados oferecer a cidade uma opção. Uma opção de inversão de prioridades, onde quem mais precisa do poder público precisa ser atendido com urgência. Uma opção política pela ampliação e consolidação dos direitos de cidadãs e cidadãos. Uma opção pela participação popular efetiva!</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Por essas e outras razões, eu caminharei com Margarida. Para que Juiz de Fora possa em 2013 iniciar o ano de mudanças que nos levará ao lugar que realmente merecemos.</div>Unknownnoreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-6550034219526425998.post-79660111290697817102012-03-05T05:20:00.002-08:002012-03-05T05:20:55.521-08:00<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj-pqneG738mT26-m4XgKcKwfGhNN88noxFq63vwxYBvhixhjabL-UZLIZ1C-SuMszhSgVjZjuDE4m9MJ06ohl_oDcgy8ZqDdwVZpo1UDIRe9AeXAL9jEIGTV2c8PcVKA7AviaSXWGNljcF/s1600/zeroquarenta.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="271" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj-pqneG738mT26-m4XgKcKwfGhNN88noxFq63vwxYBvhixhjabL-UZLIZ1C-SuMszhSgVjZjuDE4m9MJ06ohl_oDcgy8ZqDdwVZpo1UDIRe9AeXAL9jEIGTV2c8PcVKA7AviaSXWGNljcF/s400/zeroquarenta.jpg" width="400" /></a></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6550034219526425998.post-31143778431770043312012-01-30T15:33:00.000-08:002012-01-30T15:44:52.249-08:00notas sobre a trilogia Millenium<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjY6nj3ZsYLnO-1L2qKhT8SGG5F9FrWy6ckuVroFC7O8oykU2ImnwIigL38etfqneKg9Jxv1NEXc76J32TVyqSv1i7cokkg7jTvFoiHnLzcYDGe264YIlteG_36KmmdpF9cknqmgRONmH0E/s1600/trilogiamillennium2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="175" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjY6nj3ZsYLnO-1L2qKhT8SGG5F9FrWy6ckuVroFC7O8oykU2ImnwIigL38etfqneKg9Jxv1NEXc76J32TVyqSv1i7cokkg7jTvFoiHnLzcYDGe264YIlteG_36KmmdpF9cknqmgRONmH0E/s400/trilogiamillennium2.jpg" width="400" /></a></div><br />
<div style="text-align: justify;"><div style="text-align: center;"><b><span style="color: red;">Atenção: alguns trechos desse texto podem ser considerados spoilers </span></b></div><br />
1. A trilogia Millenium do falecido escritor sueco <u><a href="http://pausaparaaleitura.blogspot.com/2010/10/bibliografia-de-stieg-larsson.html" target="_blank">Stieg Larsson</a> </u>entrou na minha vida por acaso. Confesso que há muito tempo não me interessava pela literatura de língua estrangeira contemporânea. Em meu último aniversário ganhei “Os homens que não amavam as mulheres” de presente dos queridos amigos, também professores Anderson Pires e Juliana Magaldi. Sendo assim, recebi o livro com uma espécie de aval. Iniciei a leitura, cuidadosa, tendo em vista que eu nem de longe era um iniciado no autor. Foi de grande valia para mim não ter nenhuma noção prévia do que se tratava e de toda mística que envolve a trilogia.<br />
2. Rapidamente a leitura fluiu. O ritmo de escrita de Larsson muito me agradou. A primeira vista assusta pelo volume e pela leitura densa. É como se o sueco condensasse palavras e informações aos borbotões em poucos centímetros quadrados. Aos poucos comecei a perceber que fazia parte do jogo descritivo e da constituição do cenário. Algo intrínseco a trama. <br />
3. Não resisti e comprei os dois livros restantes. Resultado, cerca de 1800 páginas lidas em aproximadamente 45 dias. </div><table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj2WRDmVKPkKQ7WfIJYwHiw7zb-Go1FGnxRWZI3-ipa-Z4UQVzspf0AzYV4w4EnViaLRHBujtqMghncxqCAInxgOt-Nbyhw8jFRakpFzKmVP-m0XTjS258GXcJxrx5SOYHfbGeW6L20Qz14/s1600/sieg_larsson.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj2WRDmVKPkKQ7WfIJYwHiw7zb-Go1FGnxRWZI3-ipa-Z4UQVzspf0AzYV4w4EnViaLRHBujtqMghncxqCAInxgOt-Nbyhw8jFRakpFzKmVP-m0XTjS258GXcJxrx5SOYHfbGeW6L20Qz14/s320/sieg_larsson.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Stieg Larsson</td></tr>
</tbody></table><br />
4. A minha impressão quanto escritor e cientista social é que Larsson é um típico filho do welfare state sueco. Apesar da idade, deixa transparecer a todo o momento sua referência em instituições e padrões de civilização claramente construídas em décadas de social democracia sueca. Suas aflições e interesses mais claros aparecem sempre em contraste com os dilemas da própria Europa. Seja os tipos sociais produzidos por ela, as contradições da democracia, as rusgas do capitalismo.<br />
5. Larsson me parece separar muito bem seu lado jornalístico do romancista. E quando necessário, os funde em completa harmonia. Não há interferência, há complementaridade. E o mais importante, não esconde que as aflições que conduziram sua carreira profissional são dignas de sua literatura.<br />
6. Analisando por alto a trilogia, me parece que poderíamos definir da seguinte forma: em “Os homens que não amavam as mulheres” temos como pano de fundo um decrépito capitalismo familiar. Henrik Vanger, o velho industrial aposentado representa a fase áurea da industrialização e modernização do país. Ele traz sentimentos nobres que desencadeiam toda uma trama. O que não significa por sua vez que esteja livre ou isento de uma série de problemas que se estendem. Martin Vanger, mais jovem, arrojado, em tese a mudança, não passa da encarnação da faceta de um mal enorme. Em “A menina que brincava com fogo” o leitor se depara com os mais assustadores produtos da sociedade urbana. Gangues, crime organizado, e outros elementos que se associam a contravenção inclusive via estado. Chama atenção que dentro desse grupamento social, emergem os hackers que apesar de se apoiarem na ilegalidade, são descritos por Larsson como subversivos de intenções positivas. E em “A rainha do castelo de ar”, é a faceta do estado e suas instituições que tornam-se evidente. Como uma teia de relações políticas e policias conseguem se sustentar dentro da idéia de um regime democrático e constitucionalista. Neste terceiro livro fica clara a aflição permanente da possibilidade da ação policial usurpar os mais nobres direitos de cidadãos e cidadãs. Larsson evidencia como a saúde pública pode ser instrumento de controle social.<br />
7. Mas não há como negar que nos três livros, o problema principal é a violência contra a mulher, em todos os aspectos. Desde o mais comum assédio, até o estupro e assassinato. Esse é o fantasma de Larsson, que é exorcizado em sua pena. Lisbeth Salander é uma espécie de anti-heroína contemporânea que enfrenta o estado, a sociedade e o mundo econômico. É uma personagem feminista? Talvez. Podemos dizer que toda sua movimentação mais nobre é em defesa das mulheres, dentro de sua própria lógica claro. Se a personagem é feminista, não há como dizer o mesmo do autor. Existem lacunas que me fazem concordar com algumas críticas feitas. Salander é livre, forte e autônoma. Mas em boa parte dos livros, sua melhor faceta – aos olhos de um público comum - se dá na contraposição com personagens masculinos. Michael Blomvist por sua vez é o mesmo, sempre, independente de quantas mulheres possa transar ao longo da saga. Mas nesse caso, arriscaria dizer que Larsson evoca uma certa malandragem de autor: deixa que as supostas qualidades de Blomvist se formem na retina do leitor, retina essa, viciada claro. O egocentrismo, a ambição e o sexismo desse personagem são sempre ofuscadas pelo fato de que a todo momento existem mulheres que justificam e tornam compreensível. Todas mulheres querem transar com ele pelo simples fato de que ele é melhor para as mulheres. Mas literatura é isso, e vale a pena por isso. Veias abertas a interpretações e contradições. Esse texto não é um julgamento político ou moral da trilogia.<br />
8. Por fim, a trilogia Millenium vale a pena ser lida. Recursos literários ricos estão presentes e o fôlego da leitura é recompensado por uma trama que em alguns momentos é vertiginosa.<br />
<br />
<br />
Pós-notas<br />
• O filme de David Fincher me pareceu infinitamente superior ao sueco, mas longe de ser uma obra memorável do próprio diretor.<br />
• O que não significa que a versão cinematográfica feita na Suécia não mereça ser assistida. Vale a pena.<br />
• Destaque máximo de Fincher: fazer nos EUA um filme onde a protagonista efetiva é uma jovem tatuada, de visual pouco ortodoxo e vida sexual pouco convencional. Grande vitória.<br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi1LN5MY3qc5lU_J1UMGSgGosGw_VtOiu-k6Xtif5ol13MaOyDdZpEWlCrjx8BsIlyWazgexxHozzIPnKt9hTCWmGOZU5LINInMaNzcTfAzTJmAMDk6MMWHabhT_JQUrmM6kfYHI8T85h1e/s1600/1322744093_oshomensquenaoamavamasmulheresnoticia.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi1LN5MY3qc5lU_J1UMGSgGosGw_VtOiu-k6Xtif5ol13MaOyDdZpEWlCrjx8BsIlyWazgexxHozzIPnKt9hTCWmGOZU5LINInMaNzcTfAzTJmAMDk6MMWHabhT_JQUrmM6kfYHI8T85h1e/s320/1322744093_oshomensquenaoamavamasmulheresnoticia.jpg" width="217" /></a><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhCslxmQYnv3e_4jWG21aAi8Te_9zbqjIJAvZCa9nplAm2z4POCyVcO6zqeOQzMj_S4eNOCJJYFf6Y-s1DaNeZi3Yh8atFnGxOWoWrn2phqQUlCzjuMYvvNLa6_jv6mSedfdcs1Lf-Jnr6a/s1600/man-som-hatar-kvinnor-affisch_34018528.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhCslxmQYnv3e_4jWG21aAi8Te_9zbqjIJAvZCa9nplAm2z4POCyVcO6zqeOQzMj_S4eNOCJJYFf6Y-s1DaNeZi3Yh8atFnGxOWoWrn2phqQUlCzjuMYvvNLa6_jv6mSedfdcs1Lf-Jnr6a/s320/man-som-hatar-kvinnor-affisch_34018528.jpg" width="224" /></a></div>Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6550034219526425998.post-28315204409878125912012-01-26T05:15:00.000-08:002012-01-26T05:15:19.324-08:00“O brado retumbante”, ou Retórica de uma política cínicaO jornalista e cientista político Giliard Gomes Tenório nos brinda mais uma vez com um bela análise. No texto ele trata de "O brado retumbante", novo produto da Globo. Abaixo reproduzo um trecho e link para a íntegra.<br />
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<blockquote class="tr_bq"><div style="text-align: justify;">"Com “O brado retumbante”, a Globo volta a falar de política por meio da ficção, e desta vez aparentemente correndo poucos riscos. Há todo um cuidado a fim de se evitar qualquer proximidade com o cenário político atual: a presidência é exercida por um homem, que chega ao poder por obra do acaso; a capital federal havia sido transferida de volta para o Rio de Janeiro; não há qualquer menção a partidos, e por aí vai. Mesmo quando há referência a temas recentes, ela é positiva – temos um presidente blogueiro, que se utiliza das redes sociais para mobilizar a população." </div></blockquote><div style="text-align: justify;"> </div><div style="text-align: justify;">Leia a íntegra <a href="http://giliardtenorio.wordpress.com/2012/01/25/o-brado-retumbante-ou-retorica-de-uma-politica-cinica/" target="_blank">aqui</a>.</div>Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6550034219526425998.post-90850081011377679602012-01-24T03:59:00.000-08:002012-01-26T04:42:26.174-08:00Notas sobre direitos, memória e "fã-clubismo"<div style="text-align: justify;">Vou direto ao ponto: desde já deixo claro que conheço pouco a obra da cantora Ana Carolina. Assim como desconheço o trabalho de centenas de outros artistas. Não se trata de preconceito ou de qualquer outro tipo de juízo. Simplesmente o que ouvi superficialmente me levou a não querer aprofundar minhas incursões sobre sua obra. Tenho apenas uma boa lembrança em relação a ela: um show que ela dividiu o palco com Adriana Calconhoto no Central, em Juiz de Fora. Fiquei impressionado com a performance de Ana Carolina. Nunca mais a assisti. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Sim, conheço pessoas que tem histórias que se cruzam com a dela. Posso dizer que sou amigo de Knorr e de Adilson Santos, figuras a quem tenho respeito e carinho, pelo que representam no plano pessoal e principalmente no plano artístico.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Mas esse texto não se refere a relações pessoais. Não se trata de defender os "meus" ou "atacar os "seus". É apenas a reflexão sobre como a lógica das relações artísticas e culturais dizem muito mais do que aparentam. É algo que me interessa, tendo em vista minha posição de poeta e letrista.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Knorr tem um um trabalho informal de resgate da memória da cena cultural de Juiz de Fora. Dono de um acervo incrível, fruto de sua organização meticulosa e consciência, guardou videos, fotos, cartazes, e diversos materias que recontam momentos incríveis da música e da poesia juizforana dos anos 80 e 90. Obviamente ele não é apenas uma testemunha dessa história, é parte dela, uma peça importante, já que como sabemos é sem dúvida um dos mais importantes poetas da cidade, e um músico de mão cheia. Knorr nunca se prendeu a gerações. Ao primeiro convite veio somar esforços conosco, em um movimento que temos em Juiz de Fora, o <a href="http://www.ecopoetico.blogspot.com/" target="_blank">Eco performances Poéticas</a>. Nunca reivindicou espçao privilegiado devido sua história, sempre foi mais um como se estivesse - como nós - construindo sua carreira desde ontem.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">E eis que um dia, estupefato, vejo que nosso querido Knorr recebe um ultimato do Youtube para retirar um video onde aparece tocando ao lado da cantora Ana Carolina. Essa história vocês conhecem. A polêmica desde então gravitou em torno da justificativa de que o video feria "direitos autorais". A gravidade do fato, que gerou indignação em milhares de pessoas é que trata-se de peça cabal da memória do próprio Knorr, é parte da vida dele e por consequência de nós todos que vivemos a cena cultural de Juiz de Fora naquele péríodo.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Em todo esse tempo de convívio, nunca o vi dedicar uma palavra negativa sequer sobre a cantora. E sua indignação era totalmente voltada contra o que ele julga ser um arbítrio, um golpe em sua memória.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">As reações na cidade foram instantaneas. É óbvio que centenas de pessoas se sentiram incomodadas com essa situação.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">E mais uma vez, estupefato, me deparei com um<a href="http://www.cantinhodaana.com.br/index.php/nos-bem-que-falamos-pra-ela-usar-sazon-ai-ela-usou-knorr-ana-carolina/" target="_blank"> texto acintoso</a> de um fã-clube, chamado de "oficial" que fazia insinuações grosseiras e levianas a respeito de Knorr e da cidade de Juiz de Fora. Não tenho estomago nem paciência para me deter a esse texto. "Fã-clubismo" puro, ou seja, não se trata da defesa da cantora ou de qualquer argumento para debate, é apenas um amontoado de ataques que visam na minha opinião constranger e calar quem critica a diva(sic).</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">O problema em questão, na minha opinião é apenas um.Vivemos tempo em que artistas entregam suas carreiras a gravadoras e empresários, que na prática são apenas agentes comerciais, que pouco entendem de arte e cultura. Em nome de uma estrutura de trabalho (algo plenamente compreensível) as carreiras tornam-se algo em si. E todo resto parece se perder em meio a essa confusão. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Ora, não se trata de uma crítica a cantora "a" ou cantor "b". Se trata de uma constatação em relação a uma realidade.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Não quero e não tendo a acreditar que a cantora Ana carolina participou de uma decisão expressa sobre a retirada desse material. Mas infelizmente, alguém tem permissão para falar por ela. E seu silencio apenas agravou ainda mais a situação.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">A simbologia desses fatos é ainda maior. Estavamos em uma semana onde a liberdade de circulação cultural na internet estava sob ameaça. Grandes corporações queriam nos enfiar uma SOPA quente goela abaixo. Sites de compartilhamento estavam sendo retirados e seus donos presos em operações que mais pareciam ser a destruição de aparelhos subversivos em tempo de ditaduras. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Que todos sejam capazes de refletir, sem intermediários, sem fãs exaltados, mas com seriedade, medindo de forma realista, como fatos como este representam bem mais que simples direitos. São parte de uma visão de mundo.<br />
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<span style="font-size: small;"><b>Atualização no dia 26/01/2012</b></span><br />
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A colunista Hildegard Angel publicou em seu blog a resposta obtida do escritório da cantora Ana Carolina. Clique <a href="http://noticias.r7.com/blogs/hildegard-angel/2012/01/26/enfim-uma-resposta-oficial-da-cantora-ana-carolina/" target="_blank">aqui</a> para ler.<br />
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Não pretendo aprofundar o debate. Acho que a resposta consolida uma preocupação expressa no meu texto, e que acredito estar bem clara. Reitero: nas relações artísticas e culturais podemos definir como enxergamos o mundo, o que inclui intrinsecamente nossas carreiras.<br />
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Agradeço aos que entenderam e aos que não entenderam minha posição. </div>Unknownnoreply@blogger.com62