No período eleitoral assistimos a tentativa de desqualificar adversários em detrimento da possibilidade de defender a atual gestão
Nesse período eleitoral
em Juiz de Fora, observei algo interessante. Os grupos têm buscado defender
suas candidaturas através das redes sociais, abordando os elementos que acham
importantes para essa discussão. Em tese, um momento como esse é de apontar,
antes de tudo, as razões pelas quais se escolhe um candidato e, junto disso,
também dizer por que não se vota em outros.
É natural que, tendo no
pleito um candidato à reeleição, como no caso de Juiz de Fora, sua gestão será
sempre avaliada de forma central. Não há nada de estranho nisso. Foi prefeito,
quer ser de novo, será avaliado por isso.
Como todos e todas
sabem, sou partidário de primeira hora da candidata Margarida Salomão, por
razões apontadas anteriormente nesse mesmo blog.
Uma das razões que
aponto é sua capacidade de gestão e experiência.
Em alguns "debates", é comum ouvirmos o argumento conservador que reflete uma
visão – na minha opinião – limitada sobre política: “Ela não tem experiência”.
Reparem que o mesmo argumento era utilizado contra Lula e posteriormente contra Dilma. Ambos venceram e promoveram/promovem uma grande transformação no Brasil.
Me pergunto, portanto, o que eu devo
considerar como experiência. Esse
argumento da experiência é facilmente rebatido. Estamos falando de uma mulher
que tem décadas de história de participação e luta política, vida partidária, atividade
intelectual, uma mulher que foi secretária municipal e reitora por duas vezes
de uma das principais universidades do Brasil.
A falácia da tentativa
de negar o que não se pode negar é devolvida em outro formato: “mas o que ela
fez pela UFJF?”
É público e notório que,
à frente da UFJF - uma instituição que
gere mais recursos que muitos municípios mineiros - Margarida Salomão promoveu
transformações enormes. Correndo o risco de me tornar repetitivo: ampliação de cursos diurnos e noturnos,
implantação do PISM, a adoção do
sistema de Cotas ainda em 2004, a
criação do Curso Pré-Vestibular
Comunitário, o Programa de
Universalização da Língua Estrangeira, a criação do a ampliação estrutural
e reformas como as que originaram o novo prédio da reitoria, o Museu de Arte Moderna Murilo Mendes, a Casa de Cultura, a Casa de Parto, a elevação do HU-UFJF a hospital de ensino, a
construção do novo Hospital
Universitário (HU/CAS), um dos mais modernos do país, construído, equipado
e inaugurado. Todas essas realizações são grandiosas.
Mas eu destacaria algo
que para muitos passa despercebido: depois de sua gestão a UFJF tornou-se
efetivamente uma universidade, robusta em sua missão de promover ensino, pesquisa e extensão.
Cabe dizer mais uma
vez: tudo isso em tempos de governo FHC, quando as universidades passavam
dificuldades pela falta de recursos. E
ainda que tenha tido a oportunidade de administrar a UFJF no período de Lula (o
que rendeu belas parcerias e projetos como o novo HU/CAS), ainda não tínhamos o
REUNI, que permitiu, nos últimos anos, uma grande ampliação da universidade.
A prova do
reconhecimento ao seu trabalho veio com a expressiva votação de 2008, com 48% dos votos, e em 2010, com a votação
histórica recebida na eleição para deputada federal, com mais de 66 mil votos.
Esse reconhecimento
quem lhe deu foi a própria população de Juiz de Fora, que percebe o papel
fundamental que ela desempenha na política local. Que conhece seu trabalho, sua
atuação e militância política.
Há os que queiram negar
esse reconhecimento, e indiretamente, subestimar e até mesmo desfazer da
inteligência do povo que nela deposita sua confiança. Mas não se pode apagar o
que está escrito na história de uma cidade com ações, luta e dedicação. A
posição que ela ocupa, referendada pelos resultados anteriores das urnas e
agora pelas pesquisas eleitorais, é fato consolidado.
Talvez por isso só reste
aos adversários buscar desqualificá-la, ao invés de reconhecer e exaltar sua história e suas realizações.
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