O texto que segue foi publicado originalmente pelo Renan em sua página no Facebook, ele gentilmente permitiu que eu reproduzisse aqui aos leitores do Política Revisitada. De forma profunda e descontraída ele trata do debate e mostra por que Margarida foi a melhor.
Após
assistir o debate da TV Alterosa entre os candidatos à prefeitura de Juiz de
Fora, eu reforço o meu voto e meu apoio à Professora Margarida Salomão.
Já no primeiro bloco, enquanto via o Custódio perder a noção do ridículo quando disse que Juiz de Fora cresce apesar do decréscimo da economia brasileira (em que Brasil ele vive?) e Bruno, que apoiava a gestão de Custódio ("homem moderno e honesto") dizer que é contra o aumento abusivo do IPTU, também não deixei de ficar com uma das primeiras frases da Margarida na cabeça: "Mudança com substância, não só de nomes e rostos." Comecei ali a desconfiar que esse debate mostraria para Juiz de Fora quem é quem nessa eleição.
Partindo
para a segunda etapa, quando perguntada sobre o comércio e prestação de serviços
(atividades de maior importância na economia juiz-forana), a petista foi
objetiva e clara: É preciso tornar a infraestrutura urbana das áreas de
comércio tão atrativa quanto a oferecida nos shoppings. E o mais importante:
Repensar a política fiscal para os comerciantes e prestadores de serviço da
cidade. Já o Bruno enrolava como quando se faz em questão de prova se cai
matéria que a gente não estudou: "Estimular", "Dedicar"...
Mas proposta que é bom, ação concreta, solução... Necas! O Custódio já pegou o
primeiro pepino: Segurança pública. Como velha raposa que é, matou no peito e
chutou de voleio a responsabilidade pro desgoverno de Minas (que fanfarrice com
seu amigo Anastasia, hein?), também reduzindo a questão a equipamentos e
construção disso e daquilo (que convenhamos, no final das contas ele não faz).
No
terceiro bloco, a minha amiga Margarida veio me lembrar o que aposto que muitos
de nós esquecemos: Juiz de Fora tem museu! É! Lembra do Museu Mariano Procópio?
Pois é, aquele maravilhoso que não foi reaberto nunca mais. A Margarida também
falou da importância de fomentar a cultura nos bairros (as rádios comunitárias,
os hip hopers, artistas de rua, melhorar o acesso aos locais de cultura da
cidade). Bruno e Custódio começaram nesse bloco a trocar farpas quando o tema
era segurança: Um por não saber nem por onde começar a pensar o problema, e o
outro por ter tido tantos anos para fazer e tão poucas ações realizadas na
área. Enquanto isso a nossa querida torcedora do Botafogo nadava de braçada quando
defendia a tão incômoda (para os tucanos) questão do respeito ao piso salarial
do magistério, e ainda começava a falar sobre algo importantíssimo que ela
aprofundaria mais tarde: O aproveitamento do tempo do aluno da escola municipal
no horário fora das salas de aula para atividades de lazer, cultura e apoio
escolar.
Chegou o
quarto bloco, as risadas com o doidão do Paschoalin continuavam e ali eu já
passei a conhecer melhor e admirar duas outras figuras do debate: Victória Melo
que, mesmo timidamente, falou muito bem da falta de valorização do educador e
definiu brilhantemente a saúde pública de Juiz de Fora: um nervo exposto; e
Laerte Braga que além da clareza de seus ideais, não perdeu a chance de dar uma
zoada no Custódio quando ele disparou que "forças ocultas" o
impediram de implantar um plano de desenvolvimento do transporte público (já
eram duas e caralhada da manhã, maior silêncio, tudo escuro... Confesso que a
parada das forças ocultas me deixou com medo).
Também vi
o prefeito tocar em obras viárias, coisa que ele deveria ter sido orientado a
nem pensar em falar, tamanha a cara de pau que é ter prometido pontes, viadutos
e nada entregar. Voltando a citar a professor Victória Melo, foi realmente
constrangedora a saia justa em que o prefeito ficou quando a candidata lembrou
da guerra travada pela PJF contra os educadores que reivindicavam que a
prefeitura cumprisse o piso nacional fixado em lei.
Ainda vi
no quarto bloco quando a Margarida deu uma aula ao candidato Bruno sobre o que
é o programa de economia solidária (lembrando-se da incubadora de cooperativas
da UFJF, que deu força ao nascimento de entidades como ASCAJUF e COOPDEF) e
ele, sem entender muito bem, repetiu oito vezes (contadas pela Regina) a
palavra “programa” e ainda assim não ligou “lé com cré”. Bruninho, quer saber
mais? Google it! Estuda melhor o nosso programa na próxima, rapaz! Mas nem tudo
foi saia justa e sorriso amarelo do Bruno e do Custódio. Ainda veio o melhor
momento do debate: O diálogo entre Margarida Salomão e Laerte Braga sobre o
ensino de tempo integral. Prestem bem atenção! Pesquisem! Que outro candidato
teria a boa memória e a sensibilidade com a educação de qualidade de citar e
ter como referência os Cieps de Brizola e Darcy Ribeiro a não ser a Margarida?
Que todos
possam, nessas quase duas semanas restantes antes da eleição, fazer uma
profunda reflexão sobre o que queremos para o futuro da cidade. Queremos mesmo
o jeito PSDB de governar? Esse é o jeito do Custódio, do desgoverno mineiro, do
FHC... Ou será que a gente quer para Juiz de Fora a forma petista de Lula de
governar? Será que jovialidade por si só é sinônimo de mudança? Será que um
político com cara de bonzinho, herdeiro de raposa velha e com ideias vagas e
vazias pode mesmo governar? Para vocês que viveram ou estudaram a história do
Brasil, esse rapaz não lembra um pouco o Collor, não? Enfim... Existe uma
candidata e um programa de governo, prontos para um novo tempo, para um estilo
completamente novo de se administrar Juiz de Fora. Eu voto 13. Eu voto na educação,
voto na honestidade, voto no transporte público de qualidade, eu voto na saúde,
voto na segurança, voto em mais oportunidades e perspectivas para os jovens
desta cidade. Voto em um novo futuro para a cidade em que nasci e me criei. Eu
voto em Margarida Salomão, porque agora é a vez de todos
Renan Porcaro de Bretas é acadêmico do Curso de Direito da UFJF
Excelente texto. Infelizmente não consegui assistir ao debate, o qual, como disse o Renan, deixou claro o que constitui as candidaturas de Bruno e Custódio. Enfim, também voto 13, pelas razões expostas acima e também porque Margarida é a única candidata comprometida com os anseios populares. Elogio ainda a análise sobre os outros candidatos.
ResponderExcluirAchei a "análise" muito parcial e, por um momento, pensei ter visto outro debate. Ainda estou indeciso quanto ao meu voto, mas tenho absoluta convicção de que tal texto foi feito através de uma visão pré-estabelecida. Ao propor uma ánalise de um debate deve-se tomar uma posição neutra, narrando os fatos de forma imparcial e não defender abertamente e desmedidamente sua própria concepção política. Para um texto partidário, mesmo que completamente direcionado, até diria que está bem construído, porém, não atende a proposta feita, qual seja, uma análise.
ResponderExcluirConcordo com o comentário acima. Muito parcial o comentário o que passa uma certa falta de credibilidade.
ResponderExcluirTive outra idéia do debate tambem e achei que o Bruno se posicionou muito bem, com convicção.
Nao sei ainda em quem votar, acho que vou decidir na hora.
Interessante perceber como a elite da nossa querida Juiz de Fora finge (ou não quer) ver o que é evidente. Margarida é a candidata do povo, capaz de tomar o lugar dessa oligarquia incompetente que há muito toma conta da cidade. Apesar de não acreditar no voto em partido, mas sim em candidato, me parece que o Bruno é um bom retrato do PMDB, partido que se vende, que está com quem está ganhando, sem ideologia própria. Acho que o lema da campanha dele "Juiz de Fora não quer esperar" seria mais verdadeiro se fosse adaptado para "Juiz de Fora não quer esperar PARA CONTINUAR A MESMA COISA". Muda Juiz de Fora!
ResponderExcluirDesculpe, mas o autor desse texto e quem concorda com isso são pessoas completamente bitoladas
ResponderExcluirNão sei qual motivo levou o redator do comentário acima a acreditar que o Bruno é "um bom retrato do PMDB", após dizer que não acredita em voto em partido. O interessante é que se analisarmos da mesma forma a candidata Margarida, teremos uma impressão negra e até criminosa da mesma, uma vez que a cúpula de seu partido está sendo julgada no supremo por um dos maiores, se não o maior, escândalo e esquema de corrupção da política brasileira. O candidato Bruno foi um respeitado vereador de Juiz de Fora por três vezes consecutivas, foi relator da CPI que investigou suspeitas de irregularidades na Prefeitura de Juiz de Fora, além de ter sido eleito Presidente da Câmara. Tem uma tragetória transparente e admirável, até mesmo por eleitores que não compartilham dos ideais pmdebistas. A prova disso é a sua liderança nas pesquisas. Não considero político algum um herói (diferentemente do redator da análise em questão), mas pretendo votar em um candidato capaz, o que o Bruno me parece ser.
ResponderExcluirPrezado companheiro de anonimato do comentário acima, me admira a sua incapacidade de compreender o que foi dito no comentário ao qual você tece duras (e infundadas) críticas. Na frase "Apesar de não acreditar no voto em partido, mas sim em candidato, me parece que o Bruno é um bom retrato do PMDB (...)" tem-se uma clara relação de concessão expressa pelo uso da conjunção "apesar". Espero realmente que você não seja um profissional de áreas como Direito ou Comunicação, uma vez que a imperícia na compreensão da fala de terceiros poderia trazer sérios prejuízos para seus clientes e, principalmente, para você mesmo.
ResponderExcluirEm relação às críticas feitas à candidata Margarida, elas me parecem, no mínimo, fruto de uma análise incompleta e parcial do cenário político sobre o qual estamos tratando. Sim, o episódio do mensalão foi um dos maiores exemplos de peculato e falta de respeito ao povo brasileiro, devendo seus responsáveis serem julgados e condenados. Contudo peço ao querido colega que me indique uma denúncia de bases sólidas contra a candidata Margarida (como "denúncia de bases sólidas" não me refiro às condenações fantasiosas e parciais feitas pelos sectários da oposição à candidata em questão). Em relação aos seus comentários em relação aos grandes feitos do candidato Bruno, acredito que devemos ter em mente o que a mídia vende e o que a realidade é. Vejamos o exemplo do ex-presidente Fernando Collor, o qual era indubitavelmente a opção perfeita para governar o nosso país. Deu no que deu... Quero deixar claro que não estou levantando de forma alguma um questionamento sobre a índole do candidato Bruno, estou apenas questionando o ponto de vista do comentarista acima.
Espero que os comentários feitos posteriormente sejam baseados em fatos concretos e não em opiniões levianas daqueles que acreditam possuírem o dom da verdade absoluta. Teríamos um debate muito mais enriquecedor e produtivo dessa forma. Minhas sinceras desculpas pela grande extensão do comentário, obrigado!
Margarida vai operar de fimose
ResponderExcluirAcho engraçado a forma "cômica" que alguns manifestam seu ponto de vista... Algumas pessoas ainda têm que comer muito inhame para discutir política em um nível aceitável...
ResponderExcluirCaro "companheiro" de anonimato. Tenho pleno conhecimento do que se baseia uma relação de concessão e a utilização da conjunção "apesar". O que não entendi, foram os motivos que o levaram a enquadrar o candidato Bruno como uma exceção à sua separação partido-candidato ("Apesar de não acreditar no voto em partido, mas sim em candidato, me parece que o Bruno é um bom retrato do PMDB"-trecho do comentário acima). Utilizei o exemplo da Margarida, não de forma a criticá-la e muito menos (quem sou eu), denunciá-la, mas de forma a exemplificar que o candidato não é necessariamente prole de seu partido (acho que o senhor(a) me entendeu de forma errada). Procuro sim me basear em fatos concretos (como os dados que citei do candidato Bruno em um tópico acima), não me considero detentor do "dom da verdade absoluta" e não considero que minhas opiniões sejam levianas como o sr(a). disse, nem as minhas, nem as suas, mesmo que eu não concorde com elas.
ResponderExcluiresse renan tem uma carinha que beija rapazes.
ResponderExcluirpor isso que deve defender tanto o margarido