Ativistas e intelectuais “progressistas” tendem a entender que sua atuação lhes confere certo capital social e político que os protege de seus próprios erros...
A situação que envolveu o professor Paulo Ghiraldelli Jr., que há quatro
anos leciona na UFRRJ, ao longo dos últimos dias tem um caráter emblemático.
Durante uma palestra na I Semana Acadêmica de Filosofia da UFRRJ o professor sofreu um
“escracho”. Trata-se de uma espécie de tática de manifestação em que jovens
expõem alguém a uma situação intensa de protesto, decorrente de alguma posição
política, geralmente ligada a intolerância, discriminação e violência. As
razões do “escracho” ao filósofo se justificaram pelo suposto comportamento
machista, homofóbico e até racista, que segundo alunos e alunas se
materializava em piadas nas aulas e também em textos, como por exemplo, uma
recente coluna intitulada “Diante da mulher nua, pergunto se é “friboi”?.