sexta-feira, 15 de julho de 2011

Seleção brasileiro: eu torço

Caros amigos e amigas, é inquestionável o sentimento gigantesco que toma conta dos corações quando o assunto é o clube de futebol da predileção de cada um. É claro, vou morrer dizendo que a "Máquina Tricolor" foi sem dúvida a maior equipe de todos os tempos, superando até mesmo a seleção brasileiro de 1970, ou até a de 1982, um dos mais perfeitos e belos times já vistos em campos de futebol. O que dizer do "Fantasma do Mineirão", equipe memorável do Tupi, que em 1966 venceu os "grandes" da capital e arrancou um empate com a seleção de Pelé e Garrincha?

Mas sem medo de ser feliz, ou de arrefecer o clubismo que toma conta de meu coração, devo confessar que torço, distorço, e me emociono com a seleção brasileira. O que não significa que perco o senso crítico com os erros de técnicos, o corpo-mole de atletas milionários ou mesmo o "cabecismo-de-bagre" de alguns que vestem a amarelinha. Emblemático: quem não se lembra de Robert, o moço da testa grande, do Santos, vestindo a camisa 10 da seleção? (Sim, chega de tortura, não citarei mais exemplos!)

O fato é que os gordos salários e contratos de publicidade que vinculam cada vez mais os atletas aos clubes, principalmente europeus, impuseram uma lógica dura às seleções nacionais. Um simples amistoso, que na década de 70 e 80 seria alvo de cobiça de muitos atletas, hoje torna-se desinteressante para a maioria deles, que passam a colocar na balança os riscos da exposição  a uma partida ruim ou a uma contusão. Vide o caso de Marcelo do Real Madrid (mas vocês sabem, não sou rancoroso e queria o menino no time, ainda sim).

Hoje, quando assisto uma partida da seleção brasileira, sinto que as coisas vão mal. Dá uma sensação de que estamos assistindo um provável fim de um caminho que outrora era o único para a glória. E aos poucos, com os atletas cada vez menos colocando seus pés nas divididas das competições multinacionais, a torcida vai aos poucos tirando o coração e garganta.

Mas eu sou um ufanista. Não me rendo a esa onda "cool" de virar as costas a seleção. Nem em nome do desprezo ao futebol ou mesmo pelo clubismo. Torço e resisto por acreditar que enquanto a seleção tiver um povo que a carregue nos braços, ela não será surrupiada pelos patrocinadores que cada vez mais insistem em interferir nos destinos do futebol.

Se os clubes são a base e sentido do futebol, seu nascedouro, a seleção deve ser o motor da ambição, da união nacional que leva a frente a vontade de ser melhor, de ser a potência do futebol.

Sempre me lembrarei com os olhos cheios d'água da determinação de Branco em 94, que mesmo fora de forma, emprenhou-se em sua recuperação como um bravio soldado em busca da retomada da trincheira adversária, e conquistando forma entrou para ser herói naquele 3 x 2 contra a Holanda. Bomba santa, povo em festa!

Sim, amigos e amigas, sou um hegemonista no futebol, e torcerei para que a seleção continue conquistando canecos, obrigando o mundo a se render a nossa supremacia no reino da bola!

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