domingo, 20 de novembro de 2011

Com o Tupi pelos próximos 100 anos



Escrevo esse texto antes da decisão. Por dois motivos simples: o primeiro é para efeitos de justiça. O segundo é que depois da partida, qualquer sentimento me impedirá de escrever mais do que poucas linhas.

Quando falo em justiça me refiro ao fato de que o Tupi já venceu. Conquistou o acesso com todas as dificuldades tradicionalmente impostas ao clube. Mas é fundamental ser ainda mais justo e dizer que nada disso seria possível se não fosse o esforço inédito da diretoria em montar uma equipe para disputar a série D, melhor que a que disputou o mineiro.

Subimos, amigos, com resultados convicentes, jogando futebol bonito, e no momento mais dificil da competição fizemos chover gols, promovendo placares elásticos, empolgando a torcida e chamando a atençaõ deste país para o Galo Carijó.


Não me resta dúvida que o impossível nasceu na virada sobre o Volta Redonda aqui em Juiz de Fora. Naquele dia esse time honrado exorcizou aquele sentimento de que nos momentos dificeis o Tupi falharia.

Foi justamente no dia do retorno de um ídolo! Allan retornava fazendo bela partida, exibindo categoria cada vez mais apurada.

A recuperação física de Ademilson, o mito, contagiou a torcida. O jovem menino de 37 anos correndo e se apresentando ao jogo durante os 90 minutos, como se toda partida fosse a mais importante.

O Tupi reconquista sua posição grandiosa, que independe de divisões ou títulos. A posição do Tupi F.C vem de sua tradição, do papel que ocupa no esporte regional, na capacidade de somar alegrias ao povo dessa cidade. É o time do povo, o time dos suburbanos, como eu.

E quando brilha no gramado do Mário Helênio, trazendo a "repentina explosão dos Carijós" dá nome e identidade a essa paixão chamada futebol, e a essa cidade cheia de virtudes, mazelas, confusões, dilemas e tantas coisas que não poderíamos entender.

Que os deuses abençoem a equipe Carijó, que iluminem a já tão brilhante mente do professor Ricardo Drubscky. Estaremos todos em campo no mundão do Arruda, mas principalmente, estaremos em campo pelos próximos 100 anos.

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