sexta-feira, 24 de agosto de 2012

A tentativa de negar o que não pode se negar


No período eleitoral assistimos a tentativa de desqualificar adversários em detrimento da possibilidade de defender a atual gestão



Nesse período eleitoral em Juiz de Fora, observei algo interessante. Os grupos têm buscado defender suas candidaturas através das redes sociais, abordando os elementos que acham importantes para essa discussão. Em tese, um momento como esse é de apontar, antes de tudo, as razões pelas quais se escolhe um candidato e, junto disso, também dizer por que não se vota em outros.

É natural que, tendo no pleito um candidato à reeleição, como no caso de Juiz de Fora, sua gestão será sempre avaliada de forma central. Não há nada de estranho nisso. Foi prefeito, quer ser de novo, será avaliado por isso.


Como todos e todas sabem, sou partidário de primeira hora da candidata Margarida Salomão, por razões apontadas anteriormente nesse mesmo blog.

Uma das razões que aponto é sua capacidade de gestão e experiência.

Em alguns "debates", é comum ouvirmos o argumento conservador que reflete uma visão – na minha opinião – limitada sobre política: “Ela não tem experiência”.

Reparem que o mesmo argumento era utilizado contra Lula e posteriormente contra Dilma. Ambos venceram e promoveram/promovem uma grande transformação no Brasil.

Me pergunto, portanto, o que eu devo considerar como experiência.  Esse argumento da experiência é facilmente rebatido. Estamos falando de uma mulher que tem décadas de história de participação e luta política, vida partidária, atividade intelectual, uma mulher que foi secretária municipal e reitora por duas vezes de uma das principais universidades do Brasil.

A falácia da tentativa de negar o que não se pode negar é devolvida em outro formato: “mas o que ela fez pela UFJF?”

É público e notório que, à frente da UFJF  - uma instituição que gere mais recursos que muitos municípios mineiros - Margarida Salomão promoveu transformações enormes. Correndo o risco de me tornar repetitivo: ampliação de cursos diurnos e noturnos, implantação do PISM, a adoção do sistema de Cotas ainda em 2004, a criação do Curso Pré-Vestibular Comunitário, o Programa de Universalização da Língua Estrangeira, a criação do a ampliação estrutural e reformas como as que originaram o novo prédio da reitoria, o Museu de Arte Moderna Murilo Mendes, a Casa de Cultura, a Casa de Parto, a elevação do HU-UFJF a hospital de ensino, a construção do novo Hospital Universitário (HU/CAS), um dos mais modernos do país, construído, equipado e inaugurado. Todas essas realizações são grandiosas. 

Mas eu destacaria algo que para muitos passa despercebido: depois de sua gestão a UFJF tornou-se efetivamente uma universidade, robusta em sua missão de promover ensino, pesquisa e extensão.

Cabe dizer mais uma vez: tudo isso em tempos de governo FHC, quando as universidades passavam dificuldades pela falta de recursos.  E ainda que tenha tido a oportunidade de administrar a UFJF no período de Lula (o que rendeu belas parcerias e projetos como o novo HU/CAS), ainda não tínhamos o REUNI, que permitiu, nos últimos anos, uma grande ampliação da universidade.

A prova do reconhecimento ao seu trabalho veio com a expressiva votação de 2008, com 48% dos votos, e em 2010, com a votação histórica recebida na eleição para deputada federal, com mais de 66 mil votos.
Esse reconhecimento quem lhe deu foi a própria população de Juiz de Fora, que percebe o papel fundamental que ela desempenha na política local. Que conhece seu trabalho, sua atuação e militância política. 

Há os que queiram negar esse reconhecimento, e indiretamente, subestimar e até mesmo desfazer da inteligência do povo que nela deposita sua confiança. Mas não se pode apagar o que está escrito na história de uma cidade com ações, luta e dedicação. A posição que ela ocupa, referendada pelos resultados anteriores das urnas e agora pelas pesquisas eleitorais, é fato consolidado.

Talvez por isso só reste aos adversários buscar desqualificá-la, ao invés de reconhecer e exaltar sua  história e suas realizações.

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