“Quem ama é sempre muito escravo, mas não obedece nunca de
verdade” (Guimarães Rosa – GS:V)
Se um famoso filme difundiu a frase “todo coração é uma
célula revolucionária”, sinto me a vontade para dizer que, obstante o lirismo da
frase, creio que o coração muitas vezes é uma “célula de conforto”. Em matéria de política, muitas vezes,
intuitivamente tendemos a resistir quando o tema é uma reflexão mais
abrangente. Mas isso está longe de ser “natural”, é histórico, claro.
O meu coração guarda grande apreço pela figura de Fernando
Haddad. Foi um bom ministro da educação, fez uma bela campanha em busca da
prefeitura de São Paulo, e já prefeito, nos primeiros meses se comportou de
forma digna e coerente em muitos momentos.
Historicamente, meu coração guarda grande apreço pelos
movimentos sociais e pelas lutas populares brasileiras. Elas são parte da minha
vida e história.
O movimento que ecoa nas ruas de São Paulo tem gerado um
debate acirrado e muitas vezes, a meu ver equivocado, entre diversos corações de São Paulo e do Brasil.